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De Timóteo: servidora Eva Eugênia do Nascimento Cassimiro de Brito é homenageada

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Reprodução/PMT
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Funcionários do Centro de Saúde Liberato de Paula e Silva, Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Alegre, prestaram digna homenagem à técnica de enfermagem Eva Eugênia do Nascimento Cassimiro de Brito, na tarde da última sexta-feira (07). 
A servidora completou 53 anos de serviços prestados à Prefeitura de Timóteo, sendo que, durante 43 anos, ela atendeu os moradores da regional que abrange os bairros Alegre, Santa Terezinha e Nova Esperança. Localizado à rua Oito, do bairro Alegre, a UBS é responsável por atender cerca de 8 mil usuários.
O encontro contou com as presenças da secretária de Saúde Érica Ferreira e do Chefe de Gabinete Ricardo Quintão, que agradeceram à dedicação e ao compromisso da servidora Eva com a comunidade.  No dia 22 de janeiro deste ano, a servidora foi desligada do quadro de funcionários por aposentadoria compulsória, ao completar 75 anos de idade. Funcionários da UBS do Alegre entenderam que deveriam fazer uma homenagem àquela que enfrentou desafios e se colocou à disposição da comunidade timotense.
“A administração sente orgulho de ter uma funcionária que hoje é exemplo para muitos que estão iniciando sua carreira. Esta é uma homenagem justa e simplória perto de toda sua contribuição”, disse a secretária de Saúde, Érica Ferreira. 
Dona Eva foi tomada por uma expressão de desalento por nutrir extrema afeição ao seu trabalho e por sentir que ainda poderia contribuir. Ela começou a contar uma série de histórias que marcaram sua vida profissional com a noção exata de quem cumpre a missão porque faz o que gosta. 
A servidora começou a trabalhar na Prefeitura de Timóteo em fevereiro de 1972, atuando como cantineira e servente escolar por 12 anos. Em 1982, ela fez um curso de auxiliar de enfermagem e passou a trabalhar na extinta Fundação de Ação Social de Timóteo (FAST).
“Em 1982 eu vim para o Posto do Alegre. Aqui era muita pobreza, muita criança desnutrida. Por sugestão do doutor Eduardo Cezário, pediatra, criamos um sopão comunitário, onde as mães me ajudavam. E eu pedi doação de cereais no comércio local e carne no açougue do senhor Zaqueu. Foram muitas bênçãos, as crianças melhoraram e diminuíram os internamentos”, contou Eva.
“Outro problema que enfrentei foi o cuidado com os recém-nascidos. A maioria das mães curava o umbigo dos bebês com o pó de fumo ou pó de arruda. Doutor Eduardo ficava bravo com as mães e comigo. Pensei numa solução para orientar as mães e comprei uma banheira e dava banho nas crianças, ensinando às mães como elas deveriam fazer. E depois eu tive a oportunidade de fazer o curso técnico de Enfermagem e de estudar mais”, lembrou a servidora.
“Na enchente de 1989 trabalhamos muito com as pessoas que foram abrigadas na Escola Virgínia de Sousa Reis. Uma senhora ia do bairro Macuco para o hospital para ter o bebê, e o carro “garrotou”, no barro, na minha porta. Minha mãe era parteira e estava lá em casa para “acostar” junto com o doutor Tadeu, aqui no Alegre. Coloquei a senhora para dentro da minha casa e ela se deitou. Pronto, o bebê estava nascendo. Graças a Deus deu tudo certo, hoje, este rapaz mora em Portugal e já veio me conhecer e agradecer. Era tudo muito difícil, não haviam luvas para trabalhar, eu lavava as roupas do posto na minha casa porque o rapaz que fazia faxina era deficiente físico”, contou a técnica de enfermagem que já realizava vários atendimentos fora do horário de trabalho.
Os convidados da UBS ouviram ainda muitas outras histórias. A servidora agradeceu aos vários profissionais que a acompanharam na sua jornada e completou: “Na saúde, nós somos como a corrente, todos de mãos dadas, dando o melhor de nós para as pessoas próximas, como uma vela que vai se consumindo e iluminando os seres humanos”, disse dona Eva.

Fonte: PMT

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