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3 meses atrásno
O excesso de açúcar no sangue – condição conhecida como hiperglicemia – é um sinal de alerta importante para o desenvolvimento do diabetes e pode afetar várias partes do corpo de maneira significativa.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de casos de diabetes, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A estimativa é ainda mais preocupante: até 2030, o número pode chegar a 21,5 milhões, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
A seguir, você confere 8 sinais que podem indicar níveis elevados de açúcar no organismo – e como isso pode impactar sua saúde. Vale lembrar: todas as informações aqui são baseadas em estudos e orientações de especialistas da área. Ao identificar qualquer sintoma, procure atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.
Em entrevista ao Olhar Digital, a nutricionista Olívia Garbin Koller, mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde, destacou que a hiperglicemia é um sinal direto de alerta para o diabetes – uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente ou ausência de insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.
Segundo Olívia, a glicose pode se elevar em situações de estresse, infecções ou até mesmo diante de desequilíbrios emocionais. “A glicose em jejum entre 100 – 125 mg/dL já é considerada elevada para quem não tem diabetes. Isso significa que o açúcar está acima do normal, mas ainda não é alto o
suficiente para confirmar o diagnóstico de diabetes”, explicou.
Sobre pessoas propensas a desenvolver a hiperglicemia, ela destacou que existem alguns grupos como:
“Os níveis elevados de glicose podem prejudicar o coração, as artérias, os olhos, os rins, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, perda de visão, problemas renais e danos nos nervos”, informou a nutricionista em relação às complicações do excesso de açúcar no organismo.
Segundo Olívia, a hiperglicemia muitas vezes não apresenta sintomas. Mas existem alguns sinais de alerta que o corpo emite quando ingerimos açúcar em excesso. Sendo elas;
A incapacidade dos rins de filtrar o excesso de glicose no sangue resulta em sua eliminação através da urina. Esse processo causa uma perda significativa de líquidos.
Para evitar a desidratação em decorrência da perda rápida de líquido devido ao excesso de glicose, o organismo estimula a sede.
Organismo não consegue utilizar a glicose de forma eficiente para gerar energia. Isso acontece porque a insulina, hormônio responsável por transportar a glicose para as células, está em níveis baixos ou não funciona adequadamente. Sem a glicose disponível, o corpo busca fontes alternativas de energia, como as reservas de gordura e, em casos mais graves, as proteínas musculares. Esse processo leva à perda de peso não intencional.
Devido à alta concentração de glicose no sangue, os vasos sanguíneos da retina podem sofrer um aumento de pressão, o que causa visão turva. No entanto, essa alteração visual tende a ser temporária e se resolve quando a glicemia é controlada.
O excesso de glicose no sangue, em vez de fornecer energia, impede que as células a utilizem adequadamente. Essa ineficiência metabólica resulta em cansaço extremo, pois o corpo não consegue converter o açúcar em energia utilizável.
A fome intensa na hiperglicemia ocorre porque a insulina insuficiente impede a glicose de entrar nas células, gerando falta de energia. O corpo interpreta essa falta de energia como fome, buscando reposição. A desidratação, causada pelo excesso de micção, também contribui para a sensação de fome. A desregulação de hormônios do apetite agrava o quadro.
A hiperglicemia retarda a cicatrização ao prejudicar o fluxo sanguíneo, essencial para a reparação dos tecidos. O excesso de glicose compromete o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções que dificultam a cicatrização.
A hiperglicemia enfraquece o sistema imunológico, comprometendo a capacidade do corpo de combater infecções. O excesso de glicose cria um ambiente propício para o crescimento de microrganismos, como fungos e bactérias, aumentando o risco de infecções recorrentes, como candidíase e periodontite.
Caso você tenha se identificado com algum dos sintomas, você pode responder o questionário da Sociedade Brasileira de Diabetes, que avalia o risco de desenvolver diabetes, recomendado pelo Ministério da Saúde.
O teste classifica o risco em níveis baixo, levemente elevado, moderado, alto e muito alto, por meio da idade, peso, atividade física e histórico familiar. O objetivo é identificar indivíduos com maior risco, permitindo intervenções preventivas e acompanhamento médico adequado.
Por Irys Guimarães Gomes, editado por Layse Ventura/Olhar Digital.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.