Notícias

“Sofro de injustiça, relevante injustiça, que a mim soa como covardia”, disse Marcus André na tribuna da Câmara Municipal de Timóteo. Ouça o pronunciamento dele na íntegra.

Publicado

no

Compartilhe esta publicação

Marcos André está lutando pelos direitos na Câmara Municipal de Timóteo.

Segundo o servidor a Câmara Municipal vem negando reconhecer seu curso de teologia para fins de progressão.

Marcus André, funcionário concursado da Câmara Municipal de Timóteo, ocupou a tribuna da casa na tarde desta segunda-feira(2) no expediente conhecido como Tribuna Livre, que faz parte da programação das reuniões ordinárias do legislativo timotense.

Com uma excelente dicção, pausadamente e com certa dose de emoção, o funcionário, que é evangélico, queixou-se do tratamento que, segundo ele, soa a injustiça. Marcus afirmou que em 2008, quando foi apresentado ao então presidente da Câmara,  lhe fora dito que se preparasse “porque um futuro promissor o aguardava”. O servidor acreditou naquela promessa e começou a envidar esforços no sentido de qualificar-se. “Entusiasmado, esforcei-me e terminei meus estudos de grau superior”, disse Marcus, que reconheceu a generosidade da casa em ajudar-lhe a custear parte da pós-graduação. O ocupante da tribuna, porém, registrou uma contradição entre a ajuda e o tratamento que a instituição agora lhe dispensa. “Agora, que estou mais capacitado, me nega o que todos, repito, o que todos os servidores habilitados nesta casa têm”, reclamou Marcus, que  é  bacharel em teologia.

O servidor disse que em abril do ano passado protocolou junto ao departamento de recursos humanos da Câmara um pedido de progressão por conhecimento, benefício, segundo o evangélico, conquistado por todos os outros servidores da casa. Marcus não conseguiu a progressão nos graus pleiteados, sob a alegação de que seu curso – de teologia – não é competente à progressão requerida, com posterior invalidação da pós-graduação do pleiteante. O funcionário declarou que entrou com um mandado de segurança para garantir seu  direito, depois de ter esgotados todos os recursos com vistas a evitar sua decisão de  acionar a justiça.

O motorista da câmara pediu aos vereadores presentes o empenho no sentido de interceder por ele junto a quem de direito para a solução do problema. Marcus disse que lhe fora dito – ele não revelou por quem – que o curso de teologia “não acrescenta nada à sua função”. O servidor revelou que após fazer uma pesquisa junto aos legislativos das cidades de Coronel Fabriciano e Ipatinga,  descobriu que nestas casas o curso de teologia não sofre discriminação como no legislativo de Timóteo.

“Não sou bajulador, Se depender disto to frito”, disse Marcus a certa altura do seu pronunciamento, que seguiu uma linha de nítida decisão de não agressão. O funcionário invocou sua condição de servidor comprometido com sua função para acrescentar razões à sua indignação por ter seu direito tolhido. “Sofro de injustiça, relevante injustiça, que a mim soa como covardia”, desabafou Marcus André. Ouça o pronunciamento dele na íntegra.

Mais lidas

Sair da versão mobile