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Posto de saúde do bairro Petrópolis, em Timóteo, em situação precária

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Jornal Vale do Aço

Augusto Pascoal

REPÓRTER
  Durante reunião ordinária realizada na Câmara Municipal nesta terça-feira (7), o vereador Douglas Willkys (PSD), em coro com outros parlamentares que integram o legislativo municipal, criticou a situação da saúde no município. Na ocasião, foram propostas visitas às unidades básicas de saúde. Para os parlamentares, a saúde em Timóteo “está na UTI”.  O vereador propôs que as visitas tivessem início pelo posto do bairro Petrópolis pois a unidade não estaria atendendo os moradores do bairro. 
O JORNAL VALE DO AÇO esteve no local na tarde de quarta-feira (8) e conversou com moradores que utilizam o serviço no bairro. Eles informaram que o atendimento médico no posto tem sido feito, porém apenas uma vez por semana, às quintas-feiras, e quinzenalmente, às sextas-feiras. Nestes dias, apenas 15 fichas de atendimento seriam disponibilizadas. Conforme a Maria de Fátima Teixeira, moradora do bairro há 18 anos, a situação do posto é precária. 
 
“Não tem remédio para os moradores. Meu marido tem pressão alta e não consegue nem aferir a pressão aqui. Sempre que precisa de remédios, tem que ir até o Cachoeira do Vale. Nenhum enfermeiro trabalha no posto. Nem se precisarmos de curativos, nós encontramos. Do jeito que está, não dá para entender porque a prefeitura ainda mantém esse posto aqui, apesar de precisarmos muito dele”.
Segundo o líder comunitário do bairro, Madson Lucas Rocha Moreira, o posto está praticamente abandonado desde que o atual governo assumiu a administração municipal. “Não tem nem termômetro para medir a temperatura dos pacientes. Antes, tinha atendimento médico todos os dias, remédios disponíveis para os moradores, além de equipamentos para consultas médicas de nível básico. Desde que o prefeito assumiu, tudo isso acabou”, relata. 
 
Abandono
Quando a reportagem chegou ao posto de saúde, a unidade já se encontrava fechada, sem nenhum funcionário. Ainda segundo os moradores, mesmo com a presença de funcionária de 7h às 15h30, as portas estão sempre fechadas, sem nenhuma explicação. O cenário da unidade é também de abandono. Além de estar localizada em frente a uma pocilga de porcos, um matagal toma conta das áreas ao redor do posto. O bairro Teresópolis conta hoje com cerca de 1.300 moradores. No entanto, a presença esporádica de um médico na unidade está aquém das necessidades da população. Entre eles, uma suposta contaminação na água das nascentes que abastecem o bairro, que também não possui saneamento básico. 
 
Durante a visita ao bairro, Edna Aparecida Silva, moradora do bairro há sete anos, relatou seu problema. “Estou há dias com a pele empolada, devido a contaminação das águas do bairro. Procurei hoje por atendimento médico mas não tem nenhum. Estou com febre e sem ter como me locomover para outro posto. Precisamos urgentemente de mais profissionais para atender a comunidade”, disse. Edna esteve na semana passada no posto do bairro Timotinho e teria sido aconselhada a tomar banho de água mineral. 
Prefeitura alega que atendimento está normal
 
A secretaria municipal de Saúde de Timóteo informou que o posto do bairro Petrópolis continua prestando atendimento normal à comunidade. Conforme a secretaria, os atendimentos médicos são realizados pelo clínico geral Rafael Gramigna às quintas-feiras, num total de 20 atendimentos no dia, sempre a partir das 13h. O mesmo médico atende também às sextas-feiras, a cada 15 dias, mais 15 pacientes. “O posto só não funcionou no último feriado de Páscoa. Às terças feiras, a enfermeira realiza atendimentos de rotina, como aferição de pressão arterial, testes de glicemia e exames preventivos”, conclui a nota enviada pela prefeitura. 
Fonte: Jornal Vale do Aço –  Online

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