Nesta terça-feira (25) a Câmara Municipal de São Paulo votou o Plano Municipal de Educação, projeto que deve definir os rumos do sistema educacional da capital paulista nos próximos anos.
O texto está em sua segunda votação, a primeira aconteceu há alguns meses deixando de lado menções a ideologia de gênero ou diversidade sexual.
A votação atraiu dois grupos distintos: ativistas LGBT e cristãos. Com carros de som e faixas, os grupos defendiam suas ideologias e tentam convencer os vereadores que votariam na proposta.
Do lado dos católicos estavam padres, freires e alunos de colégios católicos que rezaram o Credo e portavam cartazes com frases como “Somos família, não ao gênero” e “gênero é armadilha para a pedofilia”.
Um padre chegou a dizer para a reportagem da Folha: “Não adianta lutar contra o arcabouço. Estados falando de natureza. Qualquer pensador honesto sabe que a realidade é o que é, não dá para mudar a natureza, não é nem uma questão religiosa”.
Já os ativistas LGBT, ao lado de alguns professores municipais, portavam cartazes como “Tirem Jesus da Cruz” e “Eu preciso de gênero na escola” e cantavam canções como “Beijinho no Ombro”, de Valesca Popozuda.
Os trechos que se referiam a ideologia de gênero foram retirados do projeto na Comissão de Finanças da Câmara Municipal, segundo a Folha de São Paulo a comissão em questão é formada por vereadores ligados à Igreja Católica, entre eles Ricardo Nunes (PMDB).
Câmara aprova Plano Municipal de Educação em segunda votação
Os vereadores paulistanos aprovaram em segundo votação o Plano Municipal de Educação (PME) sem nenhuma menção ao termo “identidade de gênero”.
Foram quase sete horas de votação e o final ficou 43 votos favoráveis e 4 contrários. Votaram contra o projeto os vereadores Cláudio Fonseca (PPS), Toninho Vespoli (Psol), Netinho de Paula (PDT) e Juliana Cardoso (PT).
No final, 15 vereadores seguraram uma camiseta com a frase “somos família”, atitude aplaudida pelos religiosos que acompanharam a sessão.