Para irmã “Fiota” a inauguração da nova
congregação da Assembleia de Deus em Cachoeira do Vale foi a resposta de orações
feitas com muitas lágrimas.
Entre os rostos irradiantes com a inauguração da mais nova
congregação da Assembleia de Deus do Ministério Adão Araújo no Distrito de
Cachoeira do Vale, ocorrida na última segunda-feira, estavam, dentre outros, os
do Pr. Wederson, é claro, e do Pr. José
Pereira que irá dirigir a congregação.
Mas entre estes, estavam dois cujos brilhos se projetavam por onde já haviam escorrido muitas lágrimas arrancadas pela falta do local para seus donos, ambos idosos, congregarem.
Irmã “Fiota”, que se definiu como a primeira crente de Cachoeira
do Vale, falou com nossa reportagem sobre o que significava para ela a
inauguração daquela congregação que está ocupando o espaço antes utilizado pela
Igreja Batista Nova Aliança.
“Fiota”, viúva há oito anos do irmão Ernestino, 7 filhos, 14 netos e 1 bisneto, contou que há três anos vem chorando para que o Ministério Adão Araújo abrisse uma congregação naquela região de Cachoeira do Vale. “Já tem três anos que estamos nesta luta”, afirmou ela se referindo ao sonho de ver uma congregação ali. “A gente ficou domingueiro”, acrescentou irmã “Fiota” explicando as consequências decorrentes da falta de uma congregação mais próxima que, segundo ela, beneficiaria os da terceira idade que têm dificuldade de se deslocarem até à Av. Belo Horizonte, ode fica o primeiro templo construído no distrito. “Agora, irmão Silas, tem muitos desviados que falou que vai voltar pra Assembleia”, revelou a pioneira quando discorreu sobre os efeitos da medida ministerial de inaugurar aquela congregação no distrito, em uma noite fria e de chuva intermitente mas que significou o amanhecer pra muita gente firme nas promessas.
Irmã “Fiota” fez questão de dizer que o fato de ter engrossado a luta por uma nova igreja naquele bairro não significa que tenha alguma restrição quanto a ir ao templo da Avenida Belo Horizonte. De acordo com sua explicação a necessidade de uma outra igreja é devido, exatamente, às limitações impostas a muitos pela idade. “Fiota” arriscou quantificar o número dos que, conforme disse, estão impedidos de frequentarem o templo da Belo Horizonte em função da idade. Ela disse que são 14 os nesta condição.
Irmão Pedro: difícil contar quantas vezes o galo cantou antes de ver seu sonho de uma congregação ali realizado.
A pioneira lembrou de como foi a reação de vários dos pastores que já passaram por Cachoeira do Vale com relação ao pleito de uma igreja na região do Olaria, que é onde foi inaugurada a congregação na segunda-feira. Citando nomes, ela descreveu detalhadamente o interesse e desinteresse de cada um deles em levar adiante a proposta de ampliar o número de igrejas para atender sobretudo aos idosos que moram naquela parte do distrito. Suas lembranças nos assustaram quanto à riqueza de detalhes de como cada um dos pastores que já responderam por Cachoeira do Vale tratou a questão.
Chegou a um ponto que ‘Fiota” decidiu partir para a oração, já que pressentia que seu sonho não se concretizaria de outra forma. Para esta empreitada ela convidou o outro cujo rosto, ali, já fora vale de lágrimas pela abertura da igreja. Ela chamou o irmão Pedro e ambos, além de muitos outros, passaram a confiar no resultado de uma oração específica para a conquista de uma congregação na Av. Minas Gerais ou em outra rua qualquer, desde que fosse no bairro Olaria, naquele distrito.
Nossa reportagem ouviu o irmão Pedro. Ele começou sua fala enumerando os motivos que, no seu entender, exigiam a abertura imediata de uma nova congregação em Cachoeira do Vale no local. Pela sua descrição não seria fácil ao irmão Pedro nos responder quantas vezes o galo havia cantado antes dele ver aquele sonho agora como realidade. Ele elencou diversas limitações de saúde que definiu como responsáveis, inclusive, pela baixa frequência dos membros situados na faixa etária compreendida como “terceira idade” nas atividades da igreja. Pedro, 74 anos, resumiu seu sentimento diante da inauguração do novo espaço na Av. Minas Gerais com algumas frases típicas daqueles crentes agradecidos: “ Glória a Deus! É só da glórias a Deus”, disse exultante.