
Médica do posto de saúde não foi à residência para constatar o óbito.
A dor da perda de um ente querido no bairro Novo Tempo foi acrescida de “constrangimento, humilhação e descaso”, conforme definiu um familiar da falecida.
Claudete Aparecida, de 53 anos, lutou contra um câncer alojado na garganta mas não resistiu e, nesta segunda-feira (09), por volta das 10h faleceu. A família, como acontece naturalmente nestes casos, tratou-se de providenciar a remoção do corpo da residência, na rua Satélite, para que fosse preparado o velório e sepultamento da mulher, funcionária durante 30 anos da prefeitura do município. Mas a família não esperava pelo que aconteceria nas horas subsequentes à morte de Claudete. O primeiro contato feito para que a falecida tivesse sua morte constatada deu o tom do que a família enfrentaria durante considerável parte do dia para que Claudete pudesse ter um velório digno. A irmã e uma sobrinha contaram que vários contatos foram feitos após a morte de Claudete. De acordo com a sobrinha, o primeiro deles foi feito com uma funerária no município. E, com isto, somente por volta das 16h é que a falecida foi removida de sua residência, ou seja, seis horas após sua morte. “É um pouco caso com uma pessoa que dedicou sua vida ao município”, disse a sobrinha. Os detalhes estão no vídeo que acompanha esta matéria.