Trabalhadores na construção civil tiraram as camisas e as pressionaram conta o ferimento de um colega na tentativa desesperada de parar a hemorragia, depois de ele ter cortado o pescoço com uma serra elétrica. O acidente ocorreu na manhã de sexta-feira (10), na cidade de Westerleigh, na região de Staten Island (NY).
Conforme testemunhas, a vítima, Carlos Gabrieli, de 50 anos, morador em Linden, podia ser ouvida gritando quando era posta no interior da ambulância, detalhou o funcionário de uma loja de conveniência na vizinhança. “Ele estava gritando de muita dor”, comentou, acrescentando que o corpo do trabalhador ficou coberto de sangue.
O brasileiro fazia parte de uma turma de operários que instalavam tubulações de esgoto e água ao longo das avenidas Fiske e Maine, segundo o porta-voz do Departamento Municipal de Projetos e Construções (DDC). O DDC estava administrando a obra para o Departamento Municipal de Proteção Ambiental (DEP).
Ele utilizava a serra elétrica para cortar um cano quando, aparentemente, ele teria escorregado e a lâmina cortado uma das mãos e pescoço, conforme informações preliminares fornecidas pelo porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD). O operário trabalhava num buraco feito no meio da via, quando a serra elétrica teria “saltado para trás e cortado o pescoço dele”, relatou um colega de trabalho.
A equipe médica de socorro chegou ao local às 11:26 da manhã e levou a vítima ao Staten Island University Hospital, em Ocean Breeze. As mensagens através do rádio indicaram que a polícia bloqueou os cruzamentos principais para acelerar e facilitar o transporte rumo ao hospital. Ele foi pronunciado morto assim que deu entrada, disse o porta-voz do NYPD.
“Nós estamos muito tristes e estendemos as nossas profundas condolências à família”, disse o porta-voz do DDC. “Nenhuma perda de vida é aceitável em nosso trabalho. O DDC está investigando e cooperará com qualquer investigação para investigar a causa do acidente”.
A empresa contratada para a obra é a E.E. Cruz & Company, Inc., detalhou o DDC.
. Alegre e comunicativo:
Amigos e conhecidos ficaram abalados com a morte súbita e precoce de Carlos Gabrieli. “Ele era uma pessoa simplesmente maravilhosa e muito alegre. O Carlão sempre pegava um exemplar do BV para comentar as piadas comigo. Ele me chamava de ‘Piadinha’ e vinha aqui todos os dias, entre as 5:00 e 5:30 da tarde, depois do trabalho”, comentou a atendente Irene, do Bar Bocage, no bairro do Ironbound, em Newark, frequentado pelo brasileiro. “Ele se dava bem com todos; brasileiros e portugueses”.
Ainda segundo amigos, Carlão teria jogado futebol profissional na Grécia e na região sul do Brasil. Ele se aposentaria na construção civil daqui a 5 anos e planejava passar temporadas entre os EUA e o Brasil, aproveitando o calor do verão nos dois países.
O brasileiro era casado com Patrícia Gabrieli e deixa um filho e duas filhas; já adultos. Na página dele no Facebook, amigos postaram mensagens carinhosas de despedida:
“Descanse em paz meu amigo!!! Que Deus conforte o coração de todos os familiares…”, postou Luiz Gonçalves.
“Descanse em Paz”, postou José Dias.
“Aos amigos e familiares, triste com a notícia do falecimento do nosso irmão Carlão”, postou Jomar Pereira.
“Por favor, continuem a manter a família dele em suas orações durante esse momento tão difícil”, diz o e-mail enviado a todos os funcionários da E.E. Cruz por Rob Richardson, vice-presidente de operações da empresa.
. Velório e sepultamento:
O e-mail informa que o velório de Carlos Gabrieli ocorrerá na Werson Funeral Home, na 635 Wiid Avenue, em Linden nos seguintes dias: segunda-feira (13), das 7:00 pm às 9:00 pm, e terça-feira (14), das 2:00 pm às 4:00 pm, e das 7:00 pm às 9:00 pm. O culto fúnebre acontecerá na quarta-feira (15), às 10:00 am, na Igreja Assembleia de Deus, na 118 North Park Avenue, em Linden, seguido do sepultamento no Rosedale Cemetery, na mesma cidade.
Brazilianvoice