As obras de duplicação da BR-381, que se arrastam há seis anos sob ameaças de paralisação por conta da falta de recursos, também esbarra na remoção de famílias que moram às margens das vias.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), desde outubro de 2017, estão sendo feitas audiências de conciliação com o intuito de realizar os reassentamentos.
Segundo o órgão, ao todo, 1.354 famílias que moram nas comunidades Vila da Paz, Vila da Luz, Vila Pica-Pau, em Belo Horizonte, e Vila Bom Destino, em Santa Luzia, serão reassentadas.
“Até o momento, foram realizadas 84 audiências, nas quais foram acordados os reassentamentos de 74 famílias. E 55 delas já estão na nova residência. Ainda não há uma data para a finalização desse processo”, afirma o Dnit em nota.
Entretanto, segundo o Dnit, a duplicação da BR-381 nos lotes 8A, entre o entroncamento com a MG-435, em Caeté, e o entroncamento com a MG-020, e 8B, entre o entroncamento com a MG-020 e a Avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, não têm previsão de obras.
“Houve duas tentativas de licitação para as obras, mas ambas foram fracassadas. O órgão agora estuda uma nova forma de contratação, ficando a licitação das obras condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira”, disse o Dnit.
No início de julho, o Congresso Nacional aprovou três projetos no valor de R$ 1 bilhão, que permitem a inserção de R$ 51,5 milhões para 2018 no orçamento para a duplicação da BR-381 que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais.
De acordo com o coordenador do Movimento Nova 381, Luciano Araújo, dois trechos já estão com as intervenções bem avançadas, como o que liga Barão de Cocais a Caeté, que têm 78% das obras concluídas, e o de Antônio Dias a Nova Era, com 30% dos serviços executados.
O coordenador também espera que sejam realizados ainda neste ano os lotes 8A, entre a MG-435 até a MG-020, e o Lote 4, entre Ribeirão Prainha e o acesso Sul de Nova Era.
BHZ
