A paralisação dos caminhoneiros, que começou há três dias com 16 interdições nas rodovias de Minas Gerais, nesta terça-feira (22) já alcançava 38 pontos pelo Estado afora. A fatura dessa greve começou a chegar e trouxe junto o medo do desabastecimento. Seja por não conseguir transportar mercadorias ou receber insumos, algumas indústrias estão freando o ritmo de produção, e outras já contabilizam prejuízos.
A Fiat, em Betim, começou a sentir os efeitos com atraso na chegada de peças. Outros setores, como supermercados e postos de combustíveis, ainda não registraram falta de produtos. Mas uma grande manifestação programada para a manhã de hoje na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, promete agravar a situação.
A intenção é parar o abastecimento de combustíveis. A decisão, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Minas Gerais (Sindtac-MG), Antônio Vander Reis, foi tomada durante reunião na terça à noite. “Com apoio do sindicato dos metalúrgicos, decidimos não acabar com os bloqueios nas BRs, mas realizar essa paralisação na porta da refinaria da Petrobras. O objetivo é não deixar ninguém entrar nem sair carregado”, explica. Por meio de nota, o sindicato dos postos, Minaspetro, afirma que, se a paralisação persistir, o desabastecimento de combustíveis será inevitável, uma vez que, após o fim dos estoques, os estabelecimentos não terão condições de reposição.
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