
A mineira Patrícia Marques da Silva foi detida às 6:40 da manhã por agentes de imigração em Framingham (MA), em 10 de janeiro
Na manhã de 10 de janeiro desse ano, a vida de Patrícia Marques da Silva, de 30 anos, natural de Belo Horizonte (MG), moradora em Framingham (MA), virou um verdadeiro pesadelo depois que agentes do Departamento de Imigração (ICE) bateram à sua porta às 6:40 da manhã para leva-la presa. Durante a audiência no tribunal, o juiz detalhou que ela foi detida em virtude da denúncia de que havia ultrapassado o período de permanência do visto de turista, expirado em junho de 2015, relataram Maria Alice Terra e Sheila Benner, primas de Patrícia.
A vinda da brasileira aos EUA, que é mãe de dois meninos de 4 e 6 anos, ocorreu depois que ela conheceu um rapaz via internet e eles iniciaram um relacionamento à distância. Aproximadamente, 3 anos depois, em dezembro de 2014, o rapaz decidiu trazer Silva aos Estados Unidos para viverem juntos. As crianças permaneceram no Brasil aos cuidados da avó materna. Uma vez no país, ela trabalhou em restaurantes e na limpeza de casa para se manter e sustentar os filhos em Minas Gerais. Entretanto, problemas de relacionamento e a saudade dos filhos a levaram à depressão aguda, culminando com sua internação por 1 semana em uma clínica psiquiátrica na cidade de Natick (MA), em dezembro de 2016.
. Campanha beneficente:
A audiência de Patrícia ocorreu na segunda-feira (6) e há 1 mês ela está detida na Penitenciária de Dartmouth, New Bedford, no Condado de Bristol. O juiz determinou em US$ 6 mil a fiança para que a brasileira seja julgada em liberdade, além dos custos com os honorários cobrados por um advogado de imigração que defenda o caso. Em decorrência disso, Sheila lançou no website do GoFundMe.com a campanha: https://www.gofundme.com/help-by-making-a-donation, cujo objetivo é angariar US$ 10 para custear essas despesas.
. Familiares fazem apelo:
“A audiência dela foi em 6 de fevereiro, quando foi estabelecido o valor de 6 mil dólares, porém, até então, seus familiares contrataram um advogado americano conhecido que cobrou só para averiguar a causa da detenção 500 dólares. Posteriormente, sua prima foi ao prédio da imigração apelar por um (advogado) público, onde não encontrou e assim uma advogada americana aceitou o caso por 1 mil dólares para apelar para fiança, (isso porque todos os advogados que foram recorridos estavam cobrando em torno de 3 a 5 mil dólares só para analisar e fazer o pedido da fiança, fora que se houvesse mais audiências após a fiança seriam cobrados mais honorários. A advogada Sthefany Marzoum, que a representou na audiência da fiança, viu a situação mais detalhadamente e, a pedido de sua prima, assumiu o caso dela por 4 mil dólares, que poderão ser pagos em 2 vezes”, postou Sheila no GoFundMe.com.
“Agradeçemos a quem, caso conheça ou indique algum advogado que cobre menos de 4 mil dólares e que ajude a Patrícia, nas próximas audiências. Toda ajuda é válida, toda forma de ajuda estamos aceitando, mesmo se for por informações, pois não temos experiências nessa situação”, acrescentou ela, detalhando que o dinheiro arrecadado na campanha irá diretamente para a advogada Stephany Marzouk.
Brazilian Voice