Eike deixa o Ary Franco com a cabeça raspada

O empresário Eike Batista teve a cabeça raspada, conforme todos os presos que ingressam no Sistema Penitenciário do Rio, informou ma Secretaria estadual de Administração Penitenciária – a cabeleira do empresário era resultado de um tratamento com direito a implante feito em 2014, nos Estados Unidos, técnica chamada adensamento capilar que custa entre R$ 25 mil a R$ 70 mil. No início da tarde, Eike deixou o Ary Franco com os cabelos já cortados e também vestindo o uniforme de presidiário.

Eike Batista, com os cabelos raspados
Eike Batista, com os cabelos raspados Foto: Guilherme Pinto / Extra

No Ary Franco, o empresário ficará numa galeria separada das demais – a E -, conforme ocorre com presos federais, e dividirá a cela com outros detentos. No espaço há beliches, chuveiro com água fria, boi (buraco no chão que serve como sanitário), espaço para banho de sol, ventilador e televisão.

Eike Batista ficará com outros presos em cela
Eike Batista ficará com outros presos em cela Foto: Gabriel de Paiva / O Globo

Atualmente, o Ary Franco está superlotado: são mais de dois mil presos divindo espaço onde caberiam 960. Sete agentes penitenciários trabalham em cada turno, informou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Gutemberg Lúcio. Ao todo, o Ary Franco tem cinco galerias – cada uma delas tem 12 celas, seis de cada lado do corredor.

Eike Batista embarca durante o voo
Eike Batista embarca durante o voo Foto: Henrique Gomes Batista / O Globo

Eike foi preso na manhã desta segunda-feira, depois que seu avião, vindo de Nova York, nos Estados Unidos, pousou no Aeroporto internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Logo após chegar, o empresário foi ao Instituto Médico Legal (IML), na Leopoldina, onde passou por exame de corpo de delito.

Eike Batista no IML para fazer exame de corpo de delito
Eike Batista no IML para fazer exame de corpo de delito Foto: Márcio Alves / Extra

Eike teve seu pedido de prisão preventiva expedido na ultima quinta-feira, em decorrência das apurações da Operação Eficiência. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ter pago US$ 16,5 milhões em propinas no exterior ao ex-governador Sérgio Cabral.