O empresário Eike Batista teve a cabeça raspada, conforme todos os presos que ingressam no Sistema Penitenciário do Rio, informou ma Secretaria estadual de Administração Penitenciária – a cabeleira do empresário era resultado de um tratamento com direito a implante feito em 2014, nos Estados Unidos, técnica chamada adensamento capilar que custa entre R$ 25 mil a R$ 70 mil. No início da tarde, Eike deixou o Ary Franco com os cabelos já cortados e também vestindo o uniforme de presidiário.

No Ary Franco, o empresário ficará numa galeria separada das demais – a E -, conforme ocorre com presos federais, e dividirá a cela com outros detentos. No espaço há beliches, chuveiro com água fria, boi (buraco no chão que serve como sanitário), espaço para banho de sol, ventilador e televisão.

Atualmente, o Ary Franco está superlotado: são mais de dois mil presos divindo espaço onde caberiam 960. Sete agentes penitenciários trabalham em cada turno, informou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Gutemberg Lúcio. Ao todo, o Ary Franco tem cinco galerias – cada uma delas tem 12 celas, seis de cada lado do corredor.

Eike foi preso na manhã desta segunda-feira, depois que seu avião, vindo de Nova York, nos Estados Unidos, pousou no Aeroporto internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Logo após chegar, o empresário foi ao Instituto Médico Legal (IML), na Leopoldina, onde passou por exame de corpo de delito.

Eike teve seu pedido de prisão preventiva expedido na ultima quinta-feira, em decorrência das apurações da Operação Eficiência. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ter pago US$ 16,5 milhões em propinas no exterior ao ex-governador Sérgio Cabral.