
Sem luz, sem palco, sem ação. As cortinas da eternidade se abrem e um convidado a adentrar sua infinitude deixa a platéia que o aplaude com lágrimas!
Sepultado na manhã desta quinta-feira (29) o corpo do maestro Melquisedequi de Araújo, 55 anos, que morreu em Belo Horizonte. O músico foi encontrado já sem vida quando um parente foi certificar-se da demora em acordar. “Ele só tinha 55 anos. E hoje (quarta-feira, 28/12) pela manhã fui ver por que ele ainda não tinha levantado e ele já estava na eternidade. Dói demais gente”, disse M.L.A., em uma rede social.
Vídeo da participação do maestro no aniversário do pastor Antônio Rosa, em 2009, com o cantor Vitorino Silva
Mequisedequi, o Melk Maestro, era aposentado da Usiminas e membro da Assembleia de Deus. Como professor de música, teve passagens por diversas igrejas formando alunos para organizações musicais e, neste campo, notabilizou-se pelo profissionalismo e indiscutível esmero com que desenvolvia suas atividades.
Ao lado de maestros do quilate de Elias Eduardo, José Lopes da Conceição, dentre outros, entrou definitivamente para a história das Assembleias de Deus no Vale do Aço como um dos ícones da música na denominação. Seus laços de amizades incluem outros nomes fortes da música sacra nacional, como, por exemplo, o do maestro Misael Passos.
Melk foi fundador e maestro do Coral Infanto Juvenil Intendente Câmara. Foi Diretor Cultural da Associação Coral Usina Intendente Câmara e, também, maestro do Coral da Fundação São Francisco Xavier.
Melquisedequi, casado com Luciana e pai de dois filhos, ultrapassou as fronteiras da sua cidade e se estabeleceu como uma referência de músico vocacionado e competente por diversos lugares em Minas e no Brasil. Sua afinidade com a música atestava sua competência.
A morte do maestro foi lamentada nas redes sociais com comentários que exaltavam sua atuação, carisma e amizade. “Ainda sem acreditar sobre a partida deste maestro Melquisedequi Araujo, que nos fez feliz e a muitos, com suas seleções maravilhosas de músicas! Sua voz nos corrigindo, lembrando-nos dos convites ainda soa e soará forte, com uma saudade que rasgará o peito nos dando vontade de sentir sua presença conosco! Onde estará nosso canto? Quem nos unirá com tanta graciosidade como vc nos uniu? Deus conforte a sua esposa e amiga de muitos anos e a todos os familiares!”, dizia um deles.
Melquisedequi reunia fibra e tecido para projetar-se como se projetou. Simples no trato com as pessoas, era firme para garantir qualidade no que fazia. Suas participações em grandes eventos, sobretudo das Assembleias de Deus no Vale do Aço, sublinhou sua trajetória com linhas indeléveis. No aniversário do pastor Antônio Rosa da Silva, em maio de 2009, por exemplo, Melk reluziu como ouro, regendo a orquestra que acompanhou o cantor Vitorino Silva que se apresentava na ocasião.

O maestro era cortejado pela família que o amava tanto quanto o admirava. “Irmão, amigo conselheiro e parceiro! Aprendi muito com ele. Foi meu primeiro maestro e agora Deus resolveu leva-lo para um melhor lugar. Um enorme vazio ficará aqui mas o Consolador está nos ajudando”, lamentou o irmão Mauricélio.
Talvez tenha sido o Madrigal Exsultate a maior vitrine do talento do maestro Melquisedequi. Com afinco e denodo fez da organização uma das mais respeitadas e prestigiadas na sua exuberância como uma verdadeira seleção de músicos que interpretam com a alma aquilo que a gente traduz como cântico.
Cantando com amigos maestros
O silêncio deste maestro reverberará na história dos evangélicos do Vale do Aço e esculpirá, certamente, um busto à lembrança de sua chamada para um ministério que continuará no céu: o de adorar. O maestro foi mas deixou um legado para os que com ele conviveram e que com ele dividem a descoberta da música como forma de se expressar, de se firmar e de meio para agradecer a Deus pela existência das obras de suas mãos, dentre ela deste homem que deitou para descansar na casa dos pais, em Belo Horizonte, e, no silêncio daquele descanso, situação que talvez foi responsável por tantas de suas criações, deixou de existir nesta dimensão para ir para uma outra onde a música é eterna, muito mais extensa do que a dor da saudade que acalenta corações que sabem que a morte é o passaporte para a vida. Esta melodia vai embalar as lembranças de muita gente. Melk deitou e não acordou mais. Sua trajetória será a vigília que fará insone a recordação de sua passagem por esta existência. Em paz Melk certamente continuará a descansar.
Ainda hoje, com o coração apertado de saudades, mas, por um poucochinho de tempo e o há de vir virá.
Ainda hoje, de coração apertado. Saudades … até breve.
SAUDADES..LEMBRO-ME COM CARINHO,QUANDO NO SINFONIA CELESTE,MELKI NOS CORRIGIA QUANDO CANTÁVAMOS DE MANEIRA ERRADA RSRS CREIO QUE VCS SE LEMBRAM QUANDO ELE DISSE QUE UM IRMÃO QUERIA QUE CANTÁSSEMOS A MUSICA “JOÃO DÁ TE” RSRS E NÓS FICAMOS SEM ENTENDER,E DERREPENTE ELE DISSE BRAVO ESTÁ VENDO ?É POR ISSO QUE FALO COM VCS,ABREM A BOCA E DEIXE AS PESSOAS ENTENDEREM A LETRA,,RSRS E A MÚSICA ERA “JUNTO A TI”,,EU APRENDI MUITO E HOJE PASSO PARA NOSSOS JOVENS TUDO QUE APRENDI COM ELE..DEUS CONFORTE O CORAÇÃO DE TODA FAMÍLIA E OS NOSSOS CORAÇÕES TAMBEM.
Lembro-me de seu conselhos quando no início de meus estudos de Violão, inclusive estudando solfejo com ele lá nas suas aulas de música na AD Central, como servo de CRISTO que foi confiou sua alma em suas mãos, por isto tenho certeza que estaremos pela misericórdia e graça de CRISTO no mesmo coro eterno. Louvado seja o nome do SENHOR.
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