Foto10 Jayne Alves Vilas Novas Brasileira tem pedido de asilo negado e tenta suicídio em MA

Jayne Alves Vilas Novas, de 19 anos, alegou que ela e marido foram agredidos a pedradas no Brasil e, portanto, tentou entrar clandestinamente nos EUA com a filha de 2 anos

Em 31 de agosto, Jayne Alves Vilas Novas, de 19 anos, e a filha de 2 anos, chegaram ao posto Gateway International, em Brownsville (TX), na fronteira dos EUA com o México. As duas tentavam entrar no país e, portanto, Jayne se apresentou aos agentes do Departamento de Proteção nas Fronteiras (CBP). Após passarem dois dias em um abrigo local, as autoridades interrogaram a brasileira e determinaram que ela e a filha “eram inadmissíveis nos EUA” e, portanto, ambas seriam postas em processo de deportação acelerado. No dia seguinte, elas foram transferidas para o South Texas Residential Center, em Dilley (TX), o maior do gênero no país.

Na noite de 7 de novembro, agora no Berks County Residential Center, Jayne entrou no banheiro, pegou a lâmina de um apontador e a pressionou contra o pulso. No momento, um companheiro de apartamento estava acordado e impediu que ela atentasse contra a própria vida. Os cortes foram superficiais e Novas não correu risco de morte. O incidente ocorreu aproximadamente 10 semanas depois que Jayne e a filha tentaram entrar clandestinamente nos EUA em busca de uma vida melhor ao lado de familiares em Massachusetts.

Depois que ela e a filha foram detidas, Jayne aplicou para o pedido de asilo. Como a solicitação não foi aceita, elas foram transferidas para a Pensilvânia, enquanto aguardam o processo de deportação.

Na segunda audiência na Corte de Imigração, Novas relatou que ela e o marido foram agredidos com pedras por 5 homens, causando ferimentos graves. Ela detalhou que o processo contra os agressores foi arquivado e seu marido a abandonou. Ela disse às autoridades americanas que tem medo de retornar ao Brasil e ser atacada novamente pelas mesmas pessoas. Ela acrescentou que o líder dos agressores é violento e consome drogas. O agente responsável pelo pedido de asilo determinou que os argumentos de Jayne não eram suficientes e, no mesmo dia, o juiz responsável pelo caso concordou com a decisão.

“Eu comecei a chorar e ele disse: ‘Eu não duvido que sua história seja verdadeira, mas eu concordo com o oficial. A resposta é não. Você será deportada”, relatou ela ao jornal Brazilian Times.

Após a audiência, elas foram informadas que seriam transferidas para o centro de detenção familiar na Pensilvânia, enquanto aguardam o processo de deportação.

Brazilian Voice

Apesar de ter a deportação decretada, Jayne disse que não perdeu as esperanças de permanecer nos EUA com a filha, porque teme pela vida de ambas no Brasil.