
CAMILA KIFER/O Tempo
O casamento de dois homens mineiros será realizado no próximo sábado (29) em São Sebastião do Paraíso, Sul de Minas, com a bênção do padre Roberto Francisco Daniel, mais conhecido como Padre Beto.
A celebração religiosa só foi possível porque o sacerdote foi excomungado da Igreja Católica pela Arquidiocese de Bauru, cidade do interior de São Paulo, há três anos. A partir daí, ele fundou a religião Humanidade Livre.
A arquidiocese de Bauru não explicou o porque o Padre Beto foi excomungado, alegando não comentar mais sobre o assunto, mas explicou que o sacerdote ainda permanece com o título.
Desde que deixou a Igreja Católica, padre Beto já realizou mais de dez casamentos, unindo pessoas divorciadas e noivos de mesmo sexo. As celebrações já ocorreram em São Paulo, em Belém do Pará, no Espírito Santo e em Minas.
O ritual
Nesse novo seguimento, os fiéis são orientados a seguir apenas dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo. É dessa forma que padre Beto, como é mais conhecido, leva ao espaço religioso, como ele mesmo denomina, todo domingo mais de 500 fiéis.
“Não somo uma religião como as outras, nosso objetivo é levar amor ao próximo. Não queremos dominar o mundo. Aqui não temos dogmas porque a humanidade é livre para crer no que quiser. Aqui, reunimos católicos, budistas, evangélicos e outros fiéis de outras religiões”, explicou padre Beto.
Sem dízimo
Com um pensamento aberto, o outro diferencial da nova religião é não pedir dízimo aos frequentadores. “Não tenho salário. Vivemos de colaboração. Quem se sentir a vontade, pode colaborar. Mas também contamos com os valores arrecadados durante os eventos culturais que promovemos”, revela.
Além das missas, no espaço religioso funciona um barzinho, onde frequentadores do café filosófico, do sarau e das apresentações musicais podem consumir e colaborar para a manutenção do local. “O valor arrecadado é usado para pagar o aluguel, a água e a luz”, conta o sacerdote.
História
Padre Beto, de 51 anos, se formou em Teologia e realizou seu doutorado na área na Alemanha. O sacerdote afirma que quando entrou para o seminário a igreja era mais liberal.
“Quando entrei para o seminário, tínhamos uma igreja fundamentada na teoria da libertação, com uma tinha uma característica que permitia o debate, principalmente com a Comunidade. Mas ela mudou muito e foi se fechando”, explicou.
O padre afirma sempre ter tido uma atitude de confrontação para tentar entender os equívocos da Igreja Católica. “Eu sempre estive aberto para discutir questões sobre viciadas dos jovens, o divórcio e o homossexualismo que são coisas presentes na humanidade, mas comecei a incomodar o bispo da época”, conta.
Coagido a pedir perdão
O padre teria sido coagido a pedir perdão por aceitar relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. “Como eu posso pedir perdão se eu acho que temos que discutir problemas que a igreja tem? Acho que temos que discutir com o povo de Deus. Eu me recusei a pedir perdão e fui excomungado”, lembra.
Após deixar a igreja, o padre começou a celebrar a união de pessoas divorciadas e, principalmente, de pessoas do mesmo sexo. “Eu acredito no princípio do amor ao próximo. O homossexual só se realiza se ele viver sua opção sexual. Ele ama, e pode ter um casamento feliz vivendo com o mesmo sexo. Se a igreja não aceita isso, ela está pecando porque vai contra o amor ao próximo”, diz.
Celebração religiosa
As primeiras celebrações ocorreram dentro da quadra de um clube da cidade de Baurú. Com o passar dos anos, padre Beto e os fiéis que o segue conseguiram alugar um grande chalé, onde anteriormente funcionava um restaurante.
“Desde o início realizamos uma missa normal. Não é uma missa carismática. É uma missa normal, mas claro que não tem determinados elementos católicos, como a profissão de fé, o glória e credo. É uma hora de celebração”, explica.
Alguns grupos gospel chegaram a serem convidados para tocar nas missas, mas por medo de represálias de outras igrejas recusaram. Dessa forma, grupos de músicos que tocam em barzinhos da cidade se organizaram para alegrar a celebração dos fiéis.
“Eles tocam durante a celebração músicas de rock, pop rock e MPB. Liberei essas músicas, porque as composições mudam nossa atmosfera. Falam da convivência humana e nos leva a refletir sobre a vida”, afirma.
Público
A partir do momento em que foi excomungado, o padre ganhou o apoio da população, principalmente de pessoas mais velhas. “Por incrível que parece, boa parte dos frequentadores da Humanidade Livre são pessoas da terceira idade”, explica.
Local
Religião – Humanidade Livre
Missas – Todo domingo
Horário – 10h e 19h30
Endereço – rua Henrique Savi, 2-37, bairro Vila Universitária – Bauru / SP.
nunca vi o texto sagrado falando que teve um casamento homossexual desculpe eu errei no inicio
onde vamos parar com tamanha inversão de valores,deus não fez adão e ivo ele fez homem e mulher,e o qu etem haver amor ao próximo com sexo homossexual amor ao proximo eo poder de deus agora homem,veja bem qdo o senhor começou o milagre foi num casamento hétero,e nunca vi um versiculo se quer falando de casamento hétero nos texto sagrado,eu só vi que deus destruiu as cidade onde as peversões eram enorme,claro que tinha outras perverssões mas o homossexualismo tambem sta presente e forte,essa foi tambem uma das causas da destruição da cidades de sodoma e gomorra,e tambem sta escrito não se deitara varão como varão como se fosse mulher,isso é aberração ao senor.tomem juizo,o dia das contas serem cobradas stão chegando.
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