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Gaeco apresentou dados desta primeira fase da operação durante coletiva (Foto: Pedro Samora/G1)

Cerca de R$ 1 milhão eram desviados por mês pelos administradores da Associação de Assistência às Pessoas com Câncer (Aapec). É o que aponta o balanço das ações realizadas nesta primeira fase da operação Carcinoma, deflagrada na manhã desta terça-feira (9), em Ipatinga (MG).
Segundo a apuração do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o casal que gerenciava a instituição morava em uma casa de propriedade da Aapec, localizada em um bairro nobre da cidade de Ipatinga. No imóvel foram apreendidos, oito carros, três motos, notas fiscais e mais de R$ 38 mil.
O Ministério Público investiga também 17 empresas envolvidas no desvio das doações. A Polícia Civil afirma que os desvios de doações de pessoas fiscais e de prefeituras começaram a ser feitos há três anos. Até a noite desta terça-feira, oito pessoas, presas durante a operação, seguiam na delegacia da cidade. Elas responderão pelos crimes de apropriação indébita, formação de quadrilha e peculato.

Funcionamento mantido

Apesar das prisões decorrentes da operação, o promotor Bruno Schiavo afirma que as atividades da Aapec não serão interrompidas e que um novo administrador será nomeado pela Justiça. “O administrador judicial vai definir como continuará os exercícios das atividades da entidade em todos os municípios. Ainda é muito prematuro dizer como isso ocorrerá, mas a intenção é de que todos os doentes continuem a ser tratados pela associação. E, a partir de agora, queremos que as coisas voltem ao seu curso normal, terminando esses desvios ilícitos, para que as pessoas que necessitam possam ser os únicos a usufruírem desse dinheiro arrecadado”, disse o promotor

Operação

A operação Carcinoma foi deflagrada na manhã desta terça-feira (9), mas as ações de investigações começaram há seis meses, para apurar esquema criminoso instalado na administração da Aapec.
Oito pessoas foram presas durante a ação, nas cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Viçosa. Segundo as investigações, o grupo de administradores teria enriquecido de forma ilícita, mediante apropriação de recursos públicos, e de recursos arrecadados por meio de doações, da instituição. Além das prisões, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Além da Aapec de Ipatinga, também estão sendo investigadas 17 empresas ligadas à associação nas cidades de Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso, Belo Horizonte, Governador Valadares e Viçosa, onde estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão.
O G1 tentou contato com os advogados da Aapec, mas, até a publicação desta matéria, nenhum representante foi encontrado.

Do G1 Vales de Minas Gerais

1 COMENTÁRIO

  1. Essa instituição,mesmo com esses bandidos no meio ajuda muita gente.Meu irmão foi muito ajudado por ela com remédio caríssimo que ele não tinha condições de comprar.O Vale do Aço não pode ficar sem esse instituto de forma nenhuma,e muita gente que depende dela
    A

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