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Imagem das câmeras do pedágio onde o suspeito passou foram divulgadas

A frase macabra “Lúcifer Sete Fadas”, escrita com sangue da própria vítima, é uma das pistas usadas pela Polícia Civil para chegar até ao assassino do investigador  da corporação Roberto Carlos Maciel, 49, encontrado morto neste sábado (2) dentro de seu apartamento em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O corpo dele já estava em avançado estágio de decomposição, e a suspeita é que o crime tenha ocorrido no último dia 27.

O principal suspeito do crime, que não teve a identidade divulgada, foi preso no início da noite deste sábado na cidade de Barbacena, no Campo das Vertentes. Ele presta depoimento na delegacia de plantão da cidade. Imagens do posto de pedágio da BR-040 já haviam identificado o suspeito passando pela região próximo ao dia do crime e eram usadas pela corporação para ajudar na identificação. 

“Ele foi morto com vários golpes de faca e também com dois tiros, vindo de um revólver calibre 38. A mensagem pode indicar algo sim, e já temos o nome de um possível suspeito que é procurado. O corpo dele só foi encontrado hoje por denúncia de vizinhos que estavam sentindo um forte cheiro do apartamento dele. Ele morava sozinho”, afirmou um investigador da delegacia de plantão da cidade, que não quis se identificar.

A motivação do crime ainda não está clara, mas as hipóteses de latrocínio – roubo seguido de morte – e até mesmo de um crime passional não estão descartadas. No apartamento em que o policial morava, alguns objetos foram encontrados desarrumados. A arma, o celular e o carro dele também não foram localizados e a polícia acredita que eles tenham sido levados pelo possível autor do crime.

Maciel estava de férias e atualmente trabalhava na Delegacia Regional de Juiz de Fora, chefiada pela delegada Patrícia Ribeiro. Procurada, a delegada informou que a corporação da cidade está empenhada em esclarecer o caso rapidamente e confirmou que a polícia já trabalha com um suspeito para o crime. “Tudo está sendo apurado e checado. Ele era um ótimo policial, muito reservado e discreto. Os vizinhos disseram que o viram pela última vez na terça-feira”, disse.

Carreira

De acordo a Polícia Civil, Roberto Carlos Maciel trabalhava há cerca de 20 anos na corporação. Antes de trabalhar na Delegacia Regional da cidade, ele também trabalhou na Divisão Antidrogas e na Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher. 

O Tempo