Luciano

A alegria contagiante, segundo a irmã e um cunhado, era a marca registrada do jovem Luciano, que residia no bairro Alvorada, na rua Rio Grande do Sul.

Depois de brincar com familiares, na noite da última quarta-feira (30/03) Luciano de Souza Martins, 41 anos, deitou para descansar e não acordou mais. Na quinta-feira,  Lílian, ao perceber que o irmão não havia se levantado, resolveu ir até o seu quarto, quando constatou que ele estava sem vida. Conforme contou a irmã, Luciano, durante a madrugada, sofreu um ataque cardíaco e não resistiu, indo a óbito. O sepultamento ocorreu às 8h desta sexta-feira.

Membro da Assembleia de Deus do bairro Vale Verde, Luciano gostava de cantar e a alegria a que se referiu seu cunhado e irmã como uma de suas características, era de, fato, algo que o marcava. “Não tinha tempo ruim para ele. Ele tinha fé, via a vida por um lado positivo”, disse Lília completando as informações sobre o irmão que conclui dizendo que o rapaz “era uma pessoa feliz”.

Além do sorriso que deixou um vácuo na residência onde morava com a família, outra lembrança do Luciano que castigará de saudade seus familiares era o ato de cantar em casa. Certamente, sorrir e cantar eram âncoras que garantiam ao barco do Luciano segurança ao singrar os mares nem sempre calmos da vida. O descanso da quarta-feira transformou-se em um passaporte para a eternidade.
Sorrir ou cantar não se sabe se foi ou não os atos derradeiros deste servo de Deus. Naquela noite, quando descansava, raiou para ele a chamada para deixar esta vida. Ele deixou de viver mas vai existir na memória de quem sabia que sua caminhada foi imaculada neste lodaçal em que tem se transformado o mundo.