usiminas-ipatinga-minas-gerais-original
Alto-forno em usina da Usiminas(Kiko Ferrite/VEJA)

Propostas de acordo estão condicionadas à aprovação de aumento de capital da Usiminas no valor mínimo de R$ 1 bilhão, segundo fato relevante

A Usiminas assinou acordos com credores brasileiros e japoneses para suspender obrigações financeiras da companhia pelo prazo de 120 dias, condicionados à aprovação de proposta de aumento de capital, de acordo com fato relevante. Os acordos determinam a suspensão das obrigações de pagamento do montante principal de financiamentos e das obrigações de cumprimento de índices financeiros previstos nos contratos da siderúrgica com os credores.

Os credores também se comprometeram a não declarar o vencimento antecipado das obrigações financeiras da Usiminas. Os acordos estão condicionados à aprovação de proposta de aumento de capital da Usiminas no valor mínimo de 1 bilhão de reais, que deve ser submetida a assembleia geral. Caso a proposta não seja aprovada, os acordos deixarão de vigorar antes do fim dos 120 dias.

O Conselho da Usiminas aprovou na semana passada proposta de aumento de capital de 1 bilhão de reais, operação considerada essencial para evitar que a maior produtora de aços planos do Brasil seja forçada a pedir recuperação judicial diante de sua frágil situação financeira.

A proposta estava condicionada à celebração de acordo pela Usiminas com seus principais credores. A japonesa Nippon Steel se comprometeu a subscrever até 1 bilhão de reais na operação.

A ítalo-argentina Techint fez proposta diferente, que prevê aumento de capital de até 563 milhões de reais, e voltará a ser apresentada na assembleia para discutir o aumento de capital. Os dois grupos dividem o controle da siderúrgica brasileira.

Segundo comunicado da Usiminas, os acordos com credores divulgados nesta sexta-feira também podem deixar de vigorar antes do fim do prazo caso seja aprovada proposta alternativa de aumento de capital, a menos que os credores concordem com a outra proposta previamente.

A Usiminas disse que continua negociando com os bancos um projeto de reestruturação financeira para adequar seu perfil de endividamento.

Veja Online