
O prefeito Keisson Drumond anunciou novas medidas administrativas para a redução dos gastos com a máquina pública para fazer frente à grave crise econômica enfrentada por todos os municípios brasileiros. “Timóteo não é uma ilha. Com o agravamento da crise no país, temos que reduzir ainda mais os gastos municipais, priorizando as pastas que prestam serviços diretamente à comunidade como saúde, educação e assistência social”, declarou Keisson Drumond. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada nesta quarta (16), no gabinete do prefeito, e contou com a presença do secretariado municipal.
A redução dos cargos comissionados em 20%; economia de energia elétrica; suspensão da concessão de férias; determinação da suspensão de todos os processos de compra, exceto das secretarias essenciais como saúde, educação e assistência social; renegociação da dívida com o Banco do Brasil; cancelamento de festividades; fim dos gastos com recolhimento de rejeitos a partir da aplicação da Lei do Entulho Zero este ano, foram algumas das medidas anunciadas. A previsão é de que essa redução de despesas resultem numa economia aproximada de R$ 9,5 milhões no ano.
“São medidas necessárias que evitarão uma crise maior”, argumentou o prefeito, solicitando a compreensão da comunidade. O prefeito ressaltou que, mesmo com as dificuldades econômicas, o município tem avançado e entregue obras importantes para a comunidade, como a reforma da nova sede do Serviço de Acolhimento Institucional Sodalício Tio Questor, a ser entregue em abril, reforma do ginásio coberto e asfaltamento de vias públicas. Boa parte das obras é realizada com recursos vinculados do governo estadual e federal. Algumas são com recursos próprios.
IPTU Aperam
Na coletiva de imprensa, o prefeito frisou que o “embate” jurídico com a Aperam relacionado ao IPTU da empresa pesou significativamente para o agravamento da crise no município. “Qualquer tipo de gasto agora depende da definição sobre o pagamento na íntegra do valor lançado do tributo. Quem prima pelo capital, não tem preocupação com o social”, cutucou Keisson Drumond, frisando que a demanda na justiça atinge o lado social do município.
O prefeito confirmou que existe um distanciamento das relações com a empresa. Segundo ele, a avaliação da planta industrial da empresa foi realizada por uma equipe de profissionais concursados da Prefeitura, incluindo engenheiro, arquiteto e topógrafo, e acompanhada pela Aperam. O levantamento técnico da Prefeitura aponta para o valor de R$ 16,9 milhões, com o desconto de 15% concedido até o dia 15 de fevereiro, a empresa teria que pagar R$ 13,9 milhões, ressaltando que em 2015 a Aperam pagou R$12.500.000,00 aproximadamente.
A Aperam divergiu do valor e fez um depósito judicial no valor de R$ 5,9 milhões. “A questão está sob judice. Vamos apresentar nossos recursos até a próxima semana, e aguardamos um posicionamento favorável do judiciário, por entendermos que a cobrança foi justa”, informou Keisson Drumond, apelando para a visão social da Aperam. “Os serviços ofertados pelo município atendem aos funcionários e ex-funcionários da Aperam , seus filhos e netos. A empresa está localizada no município e também é beneficiada pela estrutura privilegiada da cidade. Desejamos que a empresa repense sobre o seu comprometimento social com a cidade”.
Fonte : PMT