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Maria teme que o filho fique sem estudar este ano

Uma mãe, moradora do Quitandinha, em contato com o Blog do Silas, falou sobre seu drama para encontrar na escola do bairro uma vaga no 2º ano para o filho Gabriel, de sete anos.

Maria Alves Cavalcante, visivelmente aborrecida com a situação, não escondeu o receio do filho ter que ficar sem estudar este ano. Ela disse que seu marido foi à Escola Estadual Tenente José Luciano em setembro do ano passado e pediram para ele voltar em dezembro. “Ele voltou em dezembro e não conseguiu a vaga”, diz na gravação que segue. Veja o vídeo.

O outro lado

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O Blog do Silas foi até à escola ouvir a direção do estabelecimento sobre o caso. A vice-diretora  foi quem se pronunciou. Ela afirmou que não recordava especificamente daquela mãe mas garantiu que a situação dela é vivida por outros pais que pleiteiam vagas na escola para seus filhos. A vice-diretora mostrou um caderno onde estão relacionados nomes de diversos postulantes a uma oportunidade de matricular-se na Tenente José Luciano. Bem organizado, o caderno  guarda uma espécie de ficha com dados dos alunos como, por exemplo, endereço, telefone e a série pretendida.

Para o 2º ano, que é o caso da mãe que procurou o Blog do Silas, são 18 nomes na fila de espera.

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A vice explicou didática e longamente a razão pelas quais a mãe não conseguiu matricular seu filho nem mesmo atendendo o quesito do zoneamento. Uma das justificativas é que o 2º ano é sempre de demanda maior e, por conseguinte, mais difícil de oferecer vaga. A preferência é para os alunos que já estão matriculados. A dirigente afirmou que com o fechamento da Escola JK, no Primavera, a oferta de vagas foi praticamente zero este ano.

Diante do quadro e explicações da vice-diretora para a questão que atormenta Maria Alves, a mãe do Gabriel, o que resta é uma ação mais contundente junto às autoridades para que novas turmas possam ser criadas, como lembrou a vice-diretora. Para ela a escassez de vaga não é um fato com o qual comunga a escola. Ela deixou claro que concorda que novas turmas sejam criadas.

A população vive o drama de discursos incoerentes com a prática dos governantes. Os mesmos que pregam a necessidade das crianças irem para a escola são os mesmos que não se mobilizam diante da possibilidade de muitas destas ficarem fora da escola por questões meramente burocráticas. A população se sente órfão em mais esta situação e neste particular.