A operação da Polícia Federal deflagrada ontem em três Estados Brasília coloca a Mega Sena sob suspeição. A PF desarticulou uma quadrilha que teria desviado R$ 73 milhões da Mega Sena, jogo de loteria da Caixa Econômica Federal (CEF). O banco relatou à PF que se trata da maior fraude já sofrida em toda sua história.
O dinheiro do “falso prêmio” foi depositado numa conta bancária aberta no final do ano passado em Tocantinópolis (TO) no nome de uma pessoa fictícia. Em seguida, o dinheiro foi transferido para diversas contas. Um dos envolvidos é o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto, que disputou a vaga em 2010 pelo PMDB do Maranhão na chapa da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Segundo os investigadores relataram ao Estado ele teria comprado um avião com o dinheiro desviado da CEF e teria a intenção de usá-lo numa fuga. Até o final da manhã, a PF não havia localizado o suplente para cumprir o mandado de prisão expedido contra ele e outras quatro pessoas. Nenhuma delas foi presa até então. A PF não informou os nomes de nenhum dos envolvidos.
Nas redes sociais, a desconfiança aumentou depois que o último sorteio premiou um único ganhador de Brasília .O senador Álvaro Dias anunciou que cobrará explicações da Caixa sobre vencedor, pois a CEF informou inicialmente no site era de que a bolada de R$ 205 milhões havia acumulado novamente, sem ganhadores. Anteriormente, o senador apontou a existência de uma quadrilha que manipulava os dados através de bolinhas viciadas.
O maior valor de toda história do sorteio já foi retirado. O sortudo retirou a aposta em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) do Gama, às 13h30 desta quinta, de acordo com fontes ouvidas pelo Correio.