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Wôlmer Ezequiel

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) de Timóteo afirmou que pelo menos 50% da categoria aderiu à greve deflagrada por tempo indeterminado nessa segunda-feira, 8. Ao longo do dia, sindicalistas e trabalhadores acamparam em frente à prefeitura, onde fizeram um “panelaço”. A paralisação foi iniciada devido à falta de consenso na campanha salarial 2015. A administração municipal garantiu que a prestação de serviços à população não foi prejudicada.

O aviso de greve foi comunicado ao Executivo no dia 3 de junho, por meio de ofício expedido pelo sindicato. Isso porque, na noite do dia anterior, foi rejeitada, em assembleia, a última proposta feita pelo governo municipal aos servidores. A Prefeitura de Timóteo ofereceu 8,34% de reposição salarial em três parcelas, a serem pagas nos meses de novembro, dezembro e janeiro de 2016. A reposição, de forma escalonada e só no fim do ano, desagradou aos servidores.

Membros do Sinsep convocaram, nos vários setores da prefeitura, outros trabalhadores para ampliar a participação na greve. A diretoria do sindicato diz esperar que ao menos 80% do quadro de servidores manifeste adesão à paralisação nessa terça-feira. Mobilizadores destacaram que a greve continuará enquanto o governo municipal não melhorar as condições oferecidas. “Só retornaremos às nossas atividades se a administração atender nossas reivindicações, ou seja, a garantia de 8,34% de imediato e sem parcelamento, e o vale-alimentação de R$ 150”, disse o presidente do Sinsep, Israel dos Passos.

Inicialmente, o Sinsep reivindicava em sua pauta de negociação um percentual de 16,62% de reposição salarial, R$ 200 de vale-refeição, piso salarial de R$ 1 mil e outros benefícios.  A data-base da categoria venceu em 1º de maio último. Até o fim da tarde dessa segunda-feira, o impasse entre as partes persistia. Um grupo de vereadores recebeu os manifestantes e teria demonstrado apoio às reivindicações. Mas a reunião realizada entre os articuladores, a comissão de sindicalistas e servidores da PMT e a administração não avançou. 

 

Por meio de nota, a Prefeitura de Timóteo reafirmou a contraproposta e salientou que reconhece o movimento dos servidores municipais em greve. A PMT disse ainda que “tranquiliza a população quanto à prestação de serviços essenciais de saúde e limpeza pública, que estão ocorrendo dentro da normalidade”. O governo municipal também destacou o que já foi concedido aos servidores. “Além da garantia do pagamento feito em dia, entre outros benefícios, concedemos: progressões horizontais, direito à periculosidade, aumento no período de licença prêmio, insalubridade e regularização dos quinquênios”.

Com relação à reivindicação da categoria, a PMT alegou impasses financeiros e que “no momento conceder mais do que estamos oferecendo significa comprometer a continuidade dos pagamentos em dia e os serviços essenciais, como limpeza pública, saúde e a continuidade das obras em andamento”. O governo municipal também apelou aos servidores paralisados que retornem aos trabalhos, em “face à impossibilidade de oferecermos além do que já foi apresentado”. “O compromisso de todos nós é com a cidade”, encerrou o comunicado do Executivo.

Fonte: Diário do Aço