
A dor da perda teve um ingrediente a mais na manhã desta quinta-feira (21) para a família do senhor Joaquim Henrique da Silva, de 83 anos, do bairro Ana Rita, em Timóteo, falecido nesta madrugada, no hospital São Camilo, na mesma cidade, vítima de insuficiência renal.

A família encaminhou o corpo para uma funerária que fica em frente ao hospital, no bairro Timirim, para os procedimentos de praxe (continue lendo) Porém, devido ao acúmulo de sangue verificado no corpo, um funcionário da concessionária informou aos familiares que a retirada da substância, que poderia escorrer pelo corpo durante o velório, “custaria R$400,00, e seria feito por um médico”. Devido à demora, um enteado do senhor Joaquim Henrique, o Efraim, resolveu ir até o local, nos fundos da funerária, e, quando chegou, assustou com o que viu. Segundo ele, debaixo da urna, tinha uma pedra, espécie de um tijolo, para que o corpo ficasse inclinado. Ao aproximar, o enteado descobriu que próximo ao pescoço do falecido, tinha bastante sangue e vestígios que indicavam que outra porção do líquido havia sido enxugada. Ao questionar o funcionário sobre o que teria acontecido, a viúva, o filho e uma nora, descobriram que fora feito um furo no pescoço do morto para que o sangue saísse e que a inclinação da urna era exatamente para facilitar a descida do líquido. A família, inconformada, exigiu explicação do funcionário, já que ele afirmou, segundo os familiares, que um médico aplicaria uma substância para a coagulação do sangue. A viúva, Maria das Graças, conforme disse, perguntou ao funcionário se ele mesmo não poderia realizar o procedimento para adiantar e “ele disse que só um médico é que poderia realiza-lo”.
Diante da situação, a família chamou a polícia e fez um boletim de ocorrência. Segundo a viúva os familiares irão acionar a justiça contra a funerária.

Inconformados os familiares transferiram o corpo para outra funerária, que fica na avenida Antonieta Martins de Carvalho, também no Timirim, para que o preparo fosse concluído.
Ouvimos o funcionário que fez o serviço e ele afirmou que apenas iniciou o procedimento e que o Dr. José Fernandes, concluiria, assim que chegasse de Ipatinga. O médico esteve no local e negou que tivesse sido chamado e defendeu a prática como “tecnicamente normal”.
Em conversa com funcionário de outra funerária, ele disse que o procedimento feito na concorrente não é legal e que, na concessionária onde trabalha, o corpo é encaminhado para uma clínica, onde um médico é responsável pelo serviço.
A família, transtornada, disse que o caso “não vai ficar assim” e que medidas judiciais serão adotadas com relação ao assunto.
Daqui a pouco vamos publicar um vídeo com o depoimento da família, do médico e do funcionário envolvido.


