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O aumento no comércio informal no Centro de Timóteo é motivo de muitas reclamações de empresários do setor. O problema motivou uma mobilização da Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Timóteo (Aciati) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Nesta semana, a diretoria e alguns empresários se reuniram para discutir o que fazer.

O presidente da Aciati e CDL, Antônio Teixeira, informou que em breve uma audiência pública será realizada na Câmara Municipal para discutir o assunto. “Nós também decidimos pedir intervenção do Ministério Público”, afirmou o presidente, ao citar os encaminhamentos da reunião.

Desde o ano passado a mobilização tenta coibir a informalidade, mas essa prática em calçadas e avenidas principais do Centro comercial cresce muito. Na Alameda 31 de Outubro e adjacências é comum ver ambulantes vendendo produtos diversos nas calçadas em frente das lojas. “Eles ocupam as calçadas de maneira inadequada. O município possui lei que regulamenta a atividade e ela precisa ser cumprida”, pontuou Antônio Teixeira.

A maior reclamação dos comerciantes é a concorrência desleal que a informalidade impõe. “É complicado termos na nossa porta o comércio informal que não paga imposto. Ainda mais nessa crise pela qual o comércio passa. A Alameda 31 de Outubro está igual beira de praia”, reclamou Antônio Teixeira.

Na opinião do presidente, é importante encontrar uma solução que não prejudique as duas partes. “Temos que equacionar a nossa necessidade sem também tirar o ‘ganha-pão’ dos outros”, enfatizou Antônio Teixeira.  
Levantamento

Ajuda
O representante das entidades do comércio informou que no último levantamento feito pela Prefeitura de Timóteo, no primeiro trimestre deste ano, foram identificados cerca de 60 vendedores informais no Centro comercial. “Pedimos ajuda do MP para auxiliar os dois lados. Afinal, todos precisam trabalhar, mas com equilíbrio”, comentou.

Além de contar com apoio do MP, a situação reclamada pelos comerciantes formais já é acompanhada pela administração municipal. “A prefeitura fez o levantamento do número de informais e prometeu oferecer uma área para eles trabalharem em condições adequadas. Mas isso ainda não saiu do papel”, frisou Antônio Teixeira.

O governo municipal garante que não está inerte. A Secretaria Municipal de Planejamento informou, por meio de nota, que “realizou o cadastro dos ambulantes para definição das ações para regularização do comércio informal na Alameda 31 de Outubro e adjacências. No momento, a secretaria está revendo as medidas para regularização do comércio informal e as propostas serão discutidas com os setores diretamente interessados”, concluiu.

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