
Quando se descreve ou se comenta sobre a irmã Filhinha – nome carinhoso de Maria Silva Pereira – quase sempre os autores destas iniciativas não encontram palavras para expressarem, na plenitude, aquilo que querem e ou sentem. Uma afirmação desta soa a exagero para muitos que não a conhecem ou que sobre ela nunca ouviram falar, este último caso uma possibilidade muito rara para quem mora no Vale do Aço e é assembleiano, em especial.


Quem esteve na já histórica noite passada na Assembleia de Deus do bairro Giovannini, em Coronel Fabriciano, teve tudo para sair dali convencido de que os adjetivos utilizados com relação à irmã Filhinha não têm nada de exagero, quando estes servem para honra-la. Centenas de convidados e mulheres, em especial de círculos de oração, dentre eles vários de diversas congregações das Assembleias de Deus de Timóteo, estiveram no local para participarem do culto em ação de graças pelos 85 anos desta ilustre assembleiana. Poucos terão o privilégio de colocarem dentro daquele suntuoso espaçoso templo o expressivo número de pessoas tal como aquele que esteve na noite desta quarta-feira ocupando seus assentos e outros espaços disponíveis.


No altar, ao lado de pastores, mais próximo do atual responsável pela congregação anfitriã, Pr. Junior Calais, estava a aniversariante, elegantemente trajada e atenta aos detalhes de tudo que acontecia ali. Em um vestido azul realçou o brilho do também azul dos seus olhos. Os cabelos, alvos como a neve, dava força à imaginação de um azul celeste com as nuvens impregnadas neste mesmo espaço. Aliás, falar em irmã Filhinha a gente lembra de céu, porque é para lá que ela irá.
Mesmo que a fala de alguns obreiros no início do culto apontava numa direção de que o alvo ali era Jesus e não a homenageada, não que isto deixasse de ser verdade, não foi suficiente para dispersar a atenção sobre a ilustre mulher que fez da sua história a história de um seguimento das Assembleias de Deus do Vale do Aço, ou seja, os círculos de oração. Com um olhar brilhando, sem pestanejar, irmã Filhinha recebia com carinho as manifestações de apreço que lhe eram endereçadas e, balbuciando algumas expressões parece que atribuía todos aqueles elogios ao Deus que poupou-lhe a vida, contrariando recentes diagnósticos médicos que a davam como impossível de continuar vivendo. Aliás, sobre este milagre, ela fez questão de dizer para o público, que reagiu com muitas glórias a Deus e aleluias. Irmã Filhinha, que orou por tanta gente e testemunhou tantos milagres, ali falava sobre o que recebera. Aquela mulher que pregava a fé e que defende a oração como a chave da vitória, podia provar que, de fato, orar faz sentido e provoca milagres, quando essa oração é feita com fé. E de fé ela entende bastante.




O prestígio inegável e palpável da fundadora dos círculos de oração das Assembleias de Deus do Vale do Aço se consubstanciou em presenças ilustres no culto onde seus 85 anos eram celebrados em forma de ação de graça. Dentre estes podemos citar o presidente da COMADVARDO e do campo eclesiástico das Assembleias de Deus de Timópteo, Pr. Adão Alves de Araújo e senhora, o Pr. Jander Magalhães, que foi o pregador, e vários pastores de Timóteo, que acompanhavam os círculos de oração de suas respectivas congregações. A presença das timotenses foi tão significante que, a certa altura, o Pr. Junior Calais disse que aquele culto estava sendo realizado por dois ministério: o presidido pelo Pr. Antônio Rosa da Silva e o presidido pelo Pr. Adão Araújo.


Diversos louvores foram executados, com destaque para os dois grande corais, o dos círculos e ortação de Timóteo e o dos círculos de oração da região central de Coronel Fabriciano. Aquela multidão de mulheres, maioria delas uniformizada, lembrava um congresso de círculo de oração. Lembrança muito adequada e oportuna para uma data como a que era comemorada, o aniversário da fundadora desta organização no Vale do Aço.


A mensagem do Pr. Jander Magalhães, proferida com a sabedoria que lhe é peculiar, foi um dos pontos altos da programação. Jander, que deu demonstração de usufruir de relação familiar com a homenageada, através da amizade consolidada com seus filhos, falou sobre a velhice como elemento não impeditivo para buscar a Deus e dar fruto. O pastor foi enfático nesta questão e convenceu ,pela retórica e experiência que tem, que aquela homenageada era uma das “idosas” que encaixava nos seus exemplos, como alguém que, a despeito da idade, prossegue no alvo que é Cristo e que inspirou caminhadas e percursos quando a idade ainda não era fator de se considerar para efeito de alteração do vigor.
Irmã Filhinha foi fartamente presenteada mas, certamente, um dos maiores presentes recebidos por ela, foi o atestado de que é uma das mulheres mais queridas do Vale do Aço, o que ficou bem claro na noite desta quarta-feira, 10 de dezembro de 2014.










