
Às 14h deste domingo (16), aos 74 anos, cessava o fôlego de vida da irmã Maria Andrade de Almeida, também conhecida como “Bia”. Ela residia no bairro John Kennedy, em Timóteo, e, sem dúvida, constituía-se em uma das moradoras que assistiu à evolução daquele bairro, onde criou sua família, ao lado do marido, Sebastião José de Almeida, o “Toca”.

Na quarta-feira (12) “Bia” submeteu-se, no hospital Vital Brazil, a uma cirurgia para extração de uma hérnia. No domingo, não resistiu a uma embolia e faleceu.
A lição de vida deixada pela irmã Maria soa como uma vitrine de exemplos para suas filhas, netos, bisnetos e todos que testemunharam seu modo de proceder. Evangélica da Igreja Pentecostal Deus é Amor, irmã Maria, certa vez, afirmou para uma filha que “serviria a Deus até o dia em que Ele a chamasse para a eternidade”. Esta não foi uma simples manifestação de desejo ou pensamento. Ela tinha convicção disto e até o último suspiro provou sua fidelidade a Deus. De acordo com a Rose, uma das filhas, irmã Maria morreu sorrindo e dando glórias a Deus. Esta descrição, feita pelos médicos, sublinha toda a história que se poderia descrever a respeito da vida de “Bia”. Em um mundo de prantos, pessimismo, violência e decepções, irmã Maria encontrou, até na hora de sua morte, motivos para sorrir e adorar ao Deus que ela escolheu como seu norte de vida e bússola do seu destino. A solidez da sua família, consubstanciada na união das 5 filhas, é uma evidência do resultado altamente positivo das suas incessantes orações. “Bia” não foi uma simples evangélica; ela foi serva de Deus e, por força disto, renunciou às facilidades de um viver descompromissado com Deus. Seu apego e amor ao Criador fez da sua caminhada uma história de sucesso, cujos resultados se agigantarão no decorrer dos dias reservados para cada um dos seus familiares, alvo do seu carinho e proteção.
O legado desta mulher irá reverberar nas lembranças da sua família e, certamente, eternizará seus conceitos junto aos seus entes queridos que poderão cita-la como exemplo de uma pessoa decente que soube contar seus dias com a sabedoria recomendada pela bíblia àquelas mulheres que prezam pela solidez do seu lar.
“Mãe foi uma mulher forte, uma guerreira”, resumiu a Rose, emocionada, ao falar sobre a mãe querida. É uma definição construída ao longo dos dias que teve para viver, presenciados por uma filha que percebeu a sensibilidade da sua mãe e soube traduzir, com palavras, todos aqueles gestos que a encantava quando usufruía do prazer da sua presença.
O bairro John Kennedy perde um referencial de cidadania, a Igreja Deus é Amor perde um exemplo de fiel, a família perde um pedaço do seu tecido, mas o céu ganha com a chegada de uma filha nobre que escolheu a cruz como parâmetro de vida para ter direito a uma eternidade feliz. Não podemos mais contar com o convívio de “Bia” mas seus exemplos, sua conduta e sua fibra como serva de Deus, se encarregarão de nos convencer de que uma flor assim merece enfeitar a eternidade. “Bia” foi recolhida e sua ausência espalha lágrimas pela face de quem sabe que perder é sempre ruim, ainda mais quando se trata de alguém que pode ter a descrição de “mulher forte, uma guerreira”, como disse a filha Rose. Ainda bem que ela está descansando em paz.