
Os membros da Assembleia de Deus do bairro Primavera Reta, em Timóteo, que desde o dia 23 de junho passado não pertencem mais à regional da Sede (Olaria), data em que o setor foi extinto com quatro de suas cinco congregações sendo distribuídas entre regionais já existentes, foram recebidos festivamente na noite deste domingo (6) na congregação do bairro São José, onde estão ligados agora.
Por volta das 19h15, um ônibus especial estacionava em uma rua contígua à Castelo Branco, onde está a igreja do São José. Sob a ameaça de uma chuva fina, fiéis caminhavam rumo à casa da nova “mãe”, onde seriam recebidos como naturais e não adotivos. Com isto, pela primeira vez, a “casa” deles ficou fechada em pleno domingo. Todos foram convidados para conhecerem a nova família a que seriam integrados.


No momento em se concentraram na porta principal do templo, numa imaginável decisão de quem seria o primeiro a entrar, Pr. Wederson Rodrigues solicitou à equipe de louvor que interrompesse o hino que estava sendo apresentado para receberem os congregados do Primavera Reta, agora de casa.
Iolanda Rodrigues, esposa do Pr. Wederson, como boa auxiliar, carinhosamente conduziu os novos “filhos” para um local previamente reservado. Era o círculo de oração, além de alguns outros fiéis. O clima de felicidade dos irmãos que recebiam mais membros na família era visível. A alegria do Pr. Wederson, ou Fekinha, sublinhou aquela cena histórica. Aqueles não eram visitantes que ele recebia como muitos outras que ali têm ido. Aqueles homens e mulheres, como soldados enfileirados na porta, eram suas novas ovelhas, às quais terá que dispensar tratamento igual ao que destina aos membros da congregação, sede da regional. Afinal, ganhar mais ovelhas tem sido o sonho de consumo de muitos pastores e de até alguns lobos. Aqueles para darem de comer. Estes para terem o que comer.
O Pr. Wandeir Gomes, responsável pela unidade do Primavera Reta, e outros auxiliares seus, ocuparam o púlpito sob o abraços dos obreiros do bairro São José. Era entusiasmo puro. Aparentemente não se via expressões de ciumes por parte de membros do ministério com a chegada de mais ocupantes para aquelas cadeiras. Numa hora desta não falta gente para se sentir ameaçada em seu posto.


Enquanto isto, no círculo de oração do Primavera Reta, os olhares de surpresa com a nova casa se misturavam aos de alegria pela nova família, onde comparecer dali para frente seria natural. A sede, em Olaria, que continua sendo “mãe”, agora está mais para “vó”, que será recordada mais quando um exercício de lembrança do passado tiver que ser feito. Os filhos da agora “vó”, perdidos num gesto análogo mais a sequestro do que doação, guardarão as lembranças de um tempo em que a congregação do Olaria era a tutora dos seus destinos. Agora pouca ou quase nenhuma razão, senão a do “reconhecimento” , justifica a relação umbilical com a “mãe” em Olaria. Em sua entrevista a este site, quando falou sobre a extinção da regional da sede, Pr. Adão Araújo comparou as congregações que deixaram o setor como aqueles filhos que se casam. Deixam a mãe mas não perde a filiação.
O hinos entoados pelo círculo de oração do Primavera Reta, na congregação do bairro São José, eram como o eclodir de aplausos por um novo tempo na história de um povo. O “orgulho” da família a que se integravam os “visitantes” do Primavera fez parte do cenário. Afinal, mais gente chegava, fato perfeitamente capaz de gerar expectativas de mais força para combates e disposição para conquistas.


No momento destinado à liturgia da Santa Ceia, uma cena forte marcou o ato. O convidado para a consagração do pão foi Pr. Wandeir Gomes. Wandeir se identificou logo com a nova família, com a nova “mãe”. Ele lembrou que há 18 anos congregou ali, de onde saiu para casar-se. A fala do pastor teve a força de incentivo para seus liderados se sentirem à vontade e seguros de um tratamento digno e especial dali para frente. Wandeir conhecia a casa e podia dar segurança para seus habitantes recentes.
A atitude do Pr. Wederson, em celebrar a incorporação da congregação do Primavera Reta à sua regional, em uma noite de Santa Ceia, foi um ato de inteligência e de gratidão pela conquista, embora sua responsabilidade tenha aumentado com a chegada de mais ovelhas para seu aprisco. Para Wederson a incorporação daquela congregação à sua região teve o peso de um troféu e ele quis deixar isto bem claro ao decidir saudar seus novos liderados com um evento especial e de uma forma triunfante. Fekinha, ainda novo no ministério pastoral, auxiliado por uma mulher de visão, deu um tapa de luva naqueles que o julgaram incapaz de conduzir os destinos de uma congregação do porte da do São José. Está se saindo muito bem na missão e, ontem, deu mostras sobejas disto.



Reação do membros do Primavera Reta
Muita alegria. Muita expectativa. Mas o que será que sentiam os fiéis do Primavera Reta naquela noite histórica? Conversamos com alguns deles que disseram o seguinte:
“Foi ótimo”.
Rosa Costa.
“Maravilha! Estou maravilhada. Foi bom demais”
Terezinha
“Diferente. Emocionante”.
Cleunice
“Maravilha, Maravilhoso. Gostoso”.
Maria Aparecida Costa.
“Muito bom. Maravilhoso”.
Mônica.

