A fisioterapeuta que estava desaparecida em Itajubá, no Sul de Minas, e teve o corpo encontrado carbonizado dentro do porta-malas de um carro em Águas da Prata, em São Paulo, pode ter sido queimada viva. A vítima teve o corpo velado em Itajubá, cidade onde morava, nessa segunda-feira (15).
Bruna Pereira Gonçalves, de 37 anos, foi vista pela última vez no dia 24 de janeiro. Ela passou todo o domingo na Cachoeira da Estância, em Itajubá, com dois amigos. Eles haviam deixado o carro em frente a casa dela e seguido para a cachoeira no veículo de Bruna, um Agile prata.
Quando voltaram, os amigos pegaram o carro novamente para ir embora e, por volta de 23h30, Bruna pegou o próprio veículo e saiu. Essa foi a última vez em que foi vista pelo irmão, que na tarde do dia seguinte procurou a polícia e fez um boletim de ocorrência informando o seu desaparecimento.
Na ocasião, ela usava uma calça jeans e uma blusa preta e provavelmente estava com dinheiro já que havia recebido o pagamento. Também portava os documentos e o telefone celular, apesar de não ter atendido nenhuma das ligações da família desde que saiu. O irmão também informou à polícia que Bruna havia terminado um relacionamento recentemente.
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Na madrugada do dia 25 de janeiro uma pessoa chamou a Polícia Militar após ver um veículo em chamas na zona rural de Águas da Prata. O Agile estava pegando fogo dentro do pasto de um sítio, e quando a polícia chegou, o veículo já estava completamente destruído.
O corpo da fisioterapeuta foi encontrado no porta-malas de seu carro, ambos completamente carbonizados. A placa do veículo havia caído pouco antes do pasto, e por isso, foi possível levantar que o carro era mesmo de Bruna. Com alguns dentes que sobraram da arcada dentária, a polícia chamou os familiares a São Paulo para o exame de DNA. Assim, o corpo pode ser oficialmente identificado no último dia 12.
Informações parciais das investigações dão conta de que nenhuma perfuração foi encontrada no corpo da vítima, o que levanta a hipótese de que ela possa ter sido queimada ainda viva. Mas a causa da morte só poderá ser confirmada após o laudo da perícia da delegacia de Águas da Prata.
Os amigos da vítima que estiveram com ela na cachoeira já foram interrogados, assim como os familiares. Outras pessoas ligadas à vítima também estão sendo ouvidas. A Polícia Civil de Minas Gerais dá apoio as investigações concentradas em São Paulo.
As cidades de Itajubá, em Minas, e Águas da Prata, em São Paulo, praticamente compartilham a divisa entre os Estados e se distanciam em cerca de 200 quilômetros.