Os ônibus do transporte público de Ipatinga, no Vale do Aço, voltaram a circular, depois depois de uma reunião realizada na manhã desta sexta-feira (28) entre a Polícia Militar (PM), representantes da empresa de ônibus e da prefeitura do município.
O encontro emergencial foi solicitado pela administração pública após dois coletivos serem queimados entre a noite desta quinta (27) e manhã desta sexta.
Com a conclusão da reunião, os coletivos da empresa Saritur Vale do Aço, responsável pelo transporte de passageiros na cidade, passaram a deixar a garagem escoltados por viaturas da Polícia Militar (PM). Durante à tarde, a corporação informou que alguns ônibus estão realizando viagens com militares dentro deles para evitar qualquer incidente.
Entenda
O primeiro veículo foi incendiado às 22h no bairro Limoeiro. Os criminosos embarcaram como passageiros e durante a viagem anunciaram o ataque. Exigiram que todos os ocupantes deixassem o coletivo. Em seguida, jogaram combustível e fogo.
O segundo ônibus incendiado foi interceptado por volta das 5h dessa sexta, no bairro Betânia, e o modo de ação dos vândalos foi mesmo, segundo a Saritur.
A polícia anunciou que o grupo já foi identificado e que a corporação trabalha para efetuar rapidamente a prisão dos envolvidos.
Suspeita
A principal suspeita é de que detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga tenham mandado colocar fogo nos ônibus. A revolta teria motivado o crime, após um ação dos agentes para conter um princípio de motim na unidade. Porém, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não relaciona o ocorrido no Ceresp aos ônibus incendiados na cidade.
Medida
Mesmo negando as acusações, a Seds afastou nesta sexta-feira Alexandre Rabelo da diretoria do presídio. A decisão foi tomada para que investigações sobre atuação na unidade prisional sejam realizadas.
A Pasta instaurou três procedimentos na unidade para apuração irregularidades relacionadas ao dirigente e ao comportamento de agentes penitenciários.