Quem disse que não tem jeito?

Meirivan, Vilmar, Débora, Monalisa, Dênis, Juliana, Bruno e Valnei, moradores do bairro Olaria, decidiram que não iriam ver mais a praça que fica próximo a um posto de combustíveis, entre a Rua 67 e Avenida 20, no bairro, com a aparência que vinha tendo já há um tempo considerável.

Vilmar fala sobre a iniciativa. Veja o vídeo

O local tornou-se inóspito, impróprio até para as crianças, não recomendável para outros tantos que do espaço poderiam fazer uma extensão de suas casas. Muito mato, sujeira e lugar de práticas não lícitas era o que poderia ser descrito como características daquela praça.

Estes moradores, voluntários, movidos pelo sentimento de cidadania que não precisa do poder público para vicejar, foram à luta. Reuniram-se e, na melhor forma de cooperação entre si, determinaram que a imagem daquele lugar deveria ser mudada. Foi o que aconteceu.

Não faltou empenho, esforço, inspiração e transpiração para que o grupo alcançasse seu objetivo. O tempo acenando com possibilidade de chuva e o calor não foram motivos para a equipe desanimar.

Uns contribuíram com seus esforços físicos e outros com recursos para que alguns itens fossem adquiridos para a nova praça que estava por surgir. Enfeites natalinos, artesanalmente confeccionados, deram o tom da criatividade do pessoal.

Por volta das 15h desta quarta-feira (9), Meirivan e Vilmar, conhecido como Itaúna, estavam no local dando os últimos retoques. Ele  falou com o Blog do Silas, quando explicou os motivos da iniciativa do grupo. Meirivan e Itaúna contavam as horas para verem as luzes brilhando na praça. Seria o coroamento dos seus esforços e criatividade.

Por volta das 20h voltamos ao local e constatamos a beleza da inciativa daquele grupo de moradores do bairro Olaria. Alguns deles, presentes no local, não escondiam a alegria de ver a criança à qual deram a luz, ou melhor, as luzes. Que o brilho desta atitude possa dissipar a escuridão do desalento provocada pela afrontosa omissão de governantes. Que o brilho daquelas luzes, que lembram o nascimento de Jesus, possa servir, também, para lembrar o nascimento de atitudes boas de quem, como estes moradores,  poderá dizer um dia que o destino não lhe cobrará a coragem de ter ousado.

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