O dia amanhece! É dois de novembro de 2015. Pela primeira vez a data é de rasgar o coração da mãe Telma, uma moradora do bairro Nossa Senhora das Graças, em Timóteo.
Flores, recordações e lágrimas ela sabia que enfeitam este dia para tanta gente! Não queria, não sabia que um dia estes adornos estariam emplacados nestas 24 horas dedicadas aos que foram e que entre eles estaria um pedaço de si.
João Luiz da Silva Junior, aos 8 anos, no dia 17 de setembro deste ano, adentrou os portais da eternidade.
Hoje a mãe Telma tem saudade da pele, do cheiro, dos beijos do seu filhinho. Saudade da presença.
A saudade que faz daquele menino sempre um vivo entre tantos mortos que ainda estão vivos.
Por que Deus permitiu, o João foi embora!
Hoje Telma chora e, pra isto, não tem hora!
Mas o João é luz que não se apaga!
É saudade que não morre no tempo!
João é lembrança que, como chuva, desaba!
É um tesouro que está escondido!
Das lágrimas de uma mãe é o sustento,
Folha branca que balança no vento.
Telma chora! O João continua filho!
Chora a mãe que não conforma com a ausência
De quem tirou seu vagão do trilho!
É Dia de Finados e lembrar de quem não devia ter ido
Rasga a alma e dilacera o coração!
Mesmo que ele desta vida tenha partido,
Telma diz: sempre será meu filho, meu filho será sempre João!