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Corpo de jovem de Vargem Alegre demora mais de 12 horas para ser liberado no PAM

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As lágrimas são de uma mãe que chora pela perda e pela demora de mais de 12 horas para a liberação do corpo da filha no PAM (Pronto Atendimento Microrregional), em Caratinga.

A jovem, de 18 anos, morreu sem um diagnóstico, segundo a mãe Rosemary da Silva. Lorena Kethelan da Silva Martins era de Vargem Alegre e faleceu às 22h25 desta quarta-feira (03/02), após dar entrada no PAM pela última vez, com queixa de dor de cabeça, febre e vômito. Sintomas confirmados pela enfermeira do PAM, Luciana Maria, “ela deu entrada por volta de 1h47 da manhã com queixa de vômitos, dor de cabeça e febre há seis dias em sua residência. Logo após medicação às 5h10 foi liberada e à tarde ela retornou, às 16h17, com os mesmos sinais e sintomas, foi medicada e foi solicitado exame laboratorial. Vieram os exames, normais. Às 21h40 teve uma complicação, sentiu falta de ar e foi encaminhada para a sala de emergência. Foi feito o atendimento padrão e às 22h25 foi constatado o óbito”.
De acordo com a mãe da jovem, Rosemary da Silva, há seis dias os sintomas eram febre e vômito. Antes do falecimento, a jovem reclamou de dores no estômago e chegou a dizer à mãe que não estava mais aguentando. Lorena foi encaminhada ao PAM após atendimento no posto de saúde do município de Vargem Alegre, tendo em vista a complicação do estado de saúde da paciente, já com dores no peito.
Depois que a jovem veio a óbito, o médico do PAM que a atendeu, solicitou que o corpo de Lorena fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para a definição da causa da morte. Começa, então, o sofrimento da família de Lorena em busca da liberação do corpo e de explicações sobre o que causou o falecimento da jovem.
A mãe de Lorena questionou o atendimento médico e a demora em liberar o corpo da filha para o sepultamento. “Se fosse um médico que passasse ela pulava no braço dele e dizia ´moço me ajude que não vou aguentar´ e eu falava Deus ajude que eles vão te atender agora”, relatou Rosemary, salientando que um outro médico veio a pedido da enfermeira para o atendimento para um acompanhamento do caso. Segundo a mãe, neste momento as unhas já estavam roxas e levaram a paciente para a sala de emergência.
Segundo apurado, a jovem sofreu quatro paradas cardíacas. Ainda de acordo dom a mãe, após constatado o óbito ela foi aconselhada por um médico a encaminhar o corpo da jovem para IML, em busca de apurar a causa morte da jovem de apenas 18 anos. “A gente está na luta querendo o laudo, que o Hospital não quer fornecer para saber o porquê da morte dela e a liberação do corpo para sepultá-la”.
O agente funerário, Wanderlei Paulino, não quis gravar entrevista, apenas disse que o corpo não foi removido do PAM pela funerária porque não havia um atestado de óbito emitido por um médico.
Para o PAM, conforme explicou a enfermeira Luciana, o corpo da jovem teria de ser encaminhado ao IML pela funerária e o atestado de óbito é de responsabilidade do médico do IML.
“Geralmente, como ela é jovem, tem 18 anos, é padrão, a família que aciona a funerária e não é nossa autorização ligar para buscar o corpo. O procedimento do médico foi encaminhar para o IML, o médico não tem diagnóstico, não sabe da vida dela, não sabe o que aconteceu, ela é uma jovem de 18 anos. A gente não sabe porque o corpo está até agora no necrotério do Hospital”.
No fim da tarde desta quinta-feira (04/02), o corpo foi encaminhado pela funerária ao IML de Caratinga para ser submetido a uma necropsia para definir a causa morte. Segundo apurado pelo jornalismo do Super Canal, com base em informações repassadas pelo médico legista, a princípio, a causa da morte é indefinida. Dentro de 30 dias será emitido um lado pela Polícia Civil, após resultado de exames, apontando a real causa do óbito.
TV Super Canal de Caratinga – parceiros do Plantão Policial
    Fotos: TV Super Canal de Caratinga

 

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