O homem que chegou a ser considerado o “mais tatuado do Brasil” publicou, nas redes sociais, os resultados da terceira sessão a laser para eliminar os desenhos no rosto. Morador de Bagé, na região da Campanha, o fotógrafo Leandro de Souza chegou a ter 95% do corpo coberto por tatuagens e decidiu removê-las após se tornar evangélico.
Em entrevista ao g1, Leandro afirmou que o sentimento é de “renascimento” a cada vez que se olha no espelho e vê os traços das tatuagens desaparecendo ou mesmo enfraquecendo.
Vídeo. Reprodução/Exclusivo24h
— Renascimento. Não só da alma, mas do espírito. Eu vejo uma transformação, principalmente da confiança e da dignidade — relata.
Leandro chegou a ter mais de 170 tatuagens pelo corpo, feitas ao longo de duas décadas. A marca foi registrada oficialmente em um evento internacional realizado em Santa Rosa, no noroeste do RS. A primeira tattoo, segundo ele, foi feita aos 13 anos.
A remoção das tatuagens
A terceira sessão de remoção foi realizada no fim de outubro, em Franco da Rocha (SP), mas os cliques dos resultados foram divulgados neste sábado (9). As sessões são feitas gratuitamente pela equipe de um profissional que se sensibilizou com a história do fotógrafo.
Leandro contou que deve retornar ao estúdio especializado em janeiro de 2025. Outras quatro sessões, com intervalo de três meses cada, estão previstas.
Vídeo: sobre Leandro.
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— Se tu imaginar que uma pessoa vai lá pra remover uma do dedo e já reclama de dor, imagina uma sessão no rosto inteiro, que são três tipos de laser. Tem o primeiro, de remoção. O segundo, de CO2, para rejuvenescer e não deixar mancha. E o terceiro vai em uma espécie de selador — explica.
As recomendações após as sessões incluem aplicações de pomada e gelo no local, além de não exposição ao sol. Segundo Leandro, a prática de exercícios físicos contribui para que os pigmentos das tatuagens sejam expelidos com mais facilidade.
Busca por emprego fixo
Leandro se converteu há cerca de dois anos. O primeiro contato com a nova religião ocorreu no albergue municipal de Bagé.
Atualmente, fotografa eventos particulares, como aniversários e casamentos, e realiza publicidades para empresas locais. Ele complementa a renda com doações espontâneas de moradores e seguidores que acompanham a sua história.
O homem permanece em busca de um emprego com carteira assinada para honrar os compromissos financeiros, como o pagamento de uma pensão ao filho de 10 anos. O trabalho fixo também é uma das condições impostas pela Justiça para retomar a curatela da mãe, idosa e com comorbidades, que está internada em uma clínica geriátrica.
— Eu preciso desse emprego para tirar minha mãe do asilo. Eu atuo em mídia digital, sou programador. Eu sei fazer sites, programação de PHP, MySQL —destaca.