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Agente penitenciária é presa suspeita de enviar drogas e celulares para dentro da cadeia em Nova Era

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Bell Silva

Um trabalho de investigação da Polícia Civil de Nova Era, coordenado pelo Delegado Bernardo de Barros Machado e supervisionado pelo Delegado regional João Octacílio da Silva Neto, levou à prisão, na manhã desta terça-feira (14), da agente penitenciária Elaine Christina Barbosa Ferreira, 37, suspeita de estar levando celulares e drogas para dentro da cadeia pública da Cidade.

Com um Mandado de Busca e Apreensão expedido pela Justiça em mãos, os policiais montaram a “Operação Suapaz” e compareceram por volta das 6h da manhã na casa da agente, que fica na Rua Rio Novo, no Bairro das Graças.

Durante buscas foram encontrados 28 buchas de maconha, 6 papelotes de cocaína, cinco celulares e diversas cartas em nome de detentos, que seriam entregues dentro da unidade prisional na cidade. Todo material estava dentro de uma caixa, bem embalados, que segundo a polícia havia acabado de chegar à casa da agente.

Bell Silva

Em uma das cartas apreendidas um detendo faz um alerta para a agente, para que não confie em alguns colegas de cela e comenta, que sabe que ela leva celulares e drogas dentro de caixas de lanches.

Em outra o detento pede dois celulares e diz que o dinheiro estaria nas mãos da funcionária a noite.

A suspeita se deu após o aumento considerável de apreensões de celulares e drogas na cadeia da cidade. Sempre que ocorria uma denúncia de que telefones teriam sido enviados para dentro da cadeia, eram realizadas buscas minuciosas em todas as celas, e sempre o número de aparelhos aumentava. Na última, realizada no dia 19 de abril, foram encontrados cinco aparelhos.

De acordo com a polícia, a entrada de celulares e drogas ocorria sempre durante os plantões da agente, dentro de caixas de hambúrgueres que eram solicitados por ela. A suspeita começou quando os policiais começaram a monitorar a quantidade de caixas vazias do sanduíche que eram encontradas no lixo, ao final de cada plantão onde Elaine trabalhava.

Segundo a polícia, somente Elaine e mais um policial militar trabalhavam no turno da noite na cadeia, o que não condiz com o número de caixas encontradas. Segundo Bernardo de Barros, Elaine sempre solicitava os lanches no mesmo estabelecimento, local onde trabalha a esposa de um preso.

Uma testemunha contou para a polícia que ouviu diversas vezes sua vizinha conversando com o namorado dela que está preso e que, durante a conversa, teria ouvido a mulher citar o nome de Elaine, como sendo quem teria enviado o celular dele, dentro de um colchão. O aparelho foi aprendido durante uma busca realizada nas celas.

Elaine trabalhava na unidade prisional desde dezembro de 2013.

Em conversa com a reportagem, ela negou as acusações e disse que tudo foi montado para incriminá-la, mas, confessou que já recebeu diversas propostas de presos para cometer o crime, onde eram oferecidos valores de R$2 mil a R$3 mil, porem nunca teria aceito. “Eu só sei que isso foi armado pra mim, por que esse pacote foi entregue lá em casa e eu estava trabalhando e sabiam que não iriam encontrar nada comigo? Já recebi diversas proposta de preso para levar drogas e celulares, falei com meu diretor na época. Levaram esta droga lá em casa e falaram que uma tal de Lena teria mandado, quem é essa Lena?”disse Elaine.

De acordo com a polícia informações davam conta de que o material seria entregue na manhã de hoje na casa da agente e que eles seriam entregues aos detentos na cadeia entre quinta e sexta-feira, desta semana.

Segundo Dr. Bernardo, a polícia não tem dúvidas da participação da agente no envio de celulares e drogas para dentro da cadeia da cidade, e por ser uma agente penitenciária, mesmo sendo contratada do Estado, ela tem direito de ficar em um presídio especial até a conclusão das investigações e será encaminhada para a unidade prisional em São Joaquim de Bicas.

Fonte: O Popular -JM

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