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A festa do ano dos assembleianos do ministério Adão Araújo aconteceu neste 30 de agosto. Mesmo sem paraíso constante, pastor Adão chegou aos 80.

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Pr. José Ciríaco (dir.) entregou uma placa ao homenageado

A festa mais esperada do ano, pelos assembleianos de Timóteo, no Vale do Aço, aconteceu na noite deste sábado (30) na propriedade da Igreja Cristã Maranata. Batizada de Manaim, a propriedade, uma das 11 que a denominação tem espalhadas no Brasil,  fica em um local bucólico do bairro Alphaville e foi escolhida pelos organizadores da homenagem ao Pr. Adão Araújo como o local ideal para comportar o público que estimaram ficar na casa das 3.000 pessoas, com uma previsão digna da fé de Abraão, nas últimas 48 horas, segundo a qual este número poderia atingir 4.000.

Por volta das 17h30 diversos fiéis já ocupavam uma das 3.000 cadeiras espalhadas pelas equipes da proprietária do espaço, formadas por fiéis de suas congregações no Vale do Aço. O tom azul dos assentos, alinhados com perfeição artística,  em nada contrastava com a esperança de que ali, a poucas horas, seria o palco da maior festa do ministério Adão Araújo, que concentrou atenção, dedicação e estratégia de sua cúpula, em graus aparentemente superiores, com relação aos mesmos gestos frente à realização da 65ª A.G.O da COMADVARDO no mês de julho passado. A importância do evento de 30 de agosto, sublinhada pelo  montante de anos colhidos pelo presidente da organização, Pr. Adão Araújo, afinal, extrapola o trivial e o ordinário. 80 anos, para o presidente ou para outro mortal que não ocupe o cargo, é um feito extraordinário. E, em se tratando da trajetória do Araújo, estes 80 têm força da soma de muito mais de 8 décadas. O presidente não é um deitado eternamente em berço esplêndido. Se seu berço atual é esplêndido, ele já esteve ( e está) de pé e guerreando para justificar a fofura deste berço. Se não tivesse a garra que tem e a liderança nata que possui, certamente seria um opaco administrador de massa falida. Mas ele chama-se Adão Araújo e tem a visão que não o deixa ser comparado ao animal que puxava a carroça de onde extraiu seu sustento em determinada fase de sua vida.

Quarteto Castelo Forte

Quem chegava ao local da festa, logo se deparava com o aparato da Maranata, formado por diversas equipes de apoio ao evento da Assembleia, uma atitude que, segundo o líder de uma delas, não ocorreu em função de uma eventual veneração ou admiração pelos ocupantes do espaço. Segundo ele, disponibilizar o pessoal em um evento no Manaim é uma prática da denominação a que pertence a área. Qualquer que fosse a cor doutrinária ou definição da denominação que estivesse fazendo uso do local, ela contaria com  a prestação de serviços das equipes lideradas, em um nível bem superior, pelo Pr. Lúcio, que esteve movimentando pelo local e fez questão de garantir o sucesso do seu pessoal.

A Dra. Deise Mara e o Pr. Ramom conduziram a cerimônia

Coral da Assembleia de Deus, sede, de Ipatinga

A cerimônia começou bem mais tarde do que o previamente anunciado. Falou-se até que o início se daria às 18h. O fato, entretanto, não alterou o humor dos que chegaram ali ainda com o sol exposto, muitos deles acompanhados por crianças e idosos.  Enquanto isto, bem no fundo, o aniversariante, ao lado da esposa, aguardava a hora triunfal de pisar o tapete e dirigir-se ao local escolhido para que assistisse à homenagem. Com muita tranquilidade  e vários bocejos, o presidente se comportou como alguém que via aquilo tudo com muita naturalidade. As equipes de filmagem e fotógrafos, contratados, contavam nos dedos o momento de fazer jus à gentileza da escolha dos seus serviços e documentar os instantes áureos de imagens que se eternizarão por gerações, uma delas o momento em que o presidente fosse andar sobre o tapete vermelho, cor preferida do partido político do prefeito da cidade que, a poucos metros do homenageado, assentou-se acompanhado da esposa. A relação da cor do tapete com o partido a que pertence o convidado mais ilustre, depois do dono da festa, é um mero exercício de retórica. Se acreditássemos na relação de uma coisa com a outra, poderíamos estar padecendo de um surto psicótico, bem mais acentuado, se não citássemos, também, a cor das gravatas de um dos corais. Afinal, pelo que ficou evidente no último pleito municipal, a legenda partidária do mandatário da cidade não era a do candidato de importantes lideranças assembleianas em Timóteo.

Os minutos corriam e o pessoal do cerimonial, na sua movimentação, colaborava para o aumento das expectativas. Afinal, qual seria a dimensão daquela festa? Uma pergunta, dentre tantas outras capazes de serem feitas até àquele momento, era sobre quem iria apresentar a cerimônia. Qual pastor que foi escolhido para fato de peso histórico em toneladas e de viés tão assembleiano? Qual dos pastores, assembleianos de carteirinha, de muitos anos de ministério e de denominação seria  presenteado com o privilégio de ocupar a tribuna de apresentação da festa de aniversário do presidente da maior denominação evangélica de Timóteo? Não faltaram conjecturas sobre o assunto. A mais “provável” delas é que seria, no mínimo, um dos pastores com mais tempo de Assembleia de Deus. A coerência com o vinco histórico da cerimônia, sinalizava para a escolha de um  daqueles que acompanharam ou acompanham a trajetória do aniversariante e que soubesse, de cadeira, sobre a vida do dono da homenagem, evento responsável por seu momento de glória, de fama, e que lhe permitiria invejável exposição nas imagens que vão durar por décadas e que, quando assistidas, poderiam provocar perguntas do tipo “quem é este pastor que está apresentando aqui”? O mais pessimista ou distante da congruência racional não seria capaz de conceber em seus delírios que seria uma dupla os condutores da cerimônia,  como foi, e nem que o escolhido seria um pastor recentemente chegado para a Assembleia de Deus, oriundo de outro ministério. Talvez seria esta constatação a única  das frustrações de quem ousou pensar que os organizadores não eram humanos e, por conseguinte, iriam acertar em tudo que fosse considerado o ideal ou 100% aplausível.

Deise Mara e o Pr. Ramom – ele residente em Coronel Fabriciano –  que usufruíram do gostinho de desfilar sobre o tapete que se pensava tivesse sido estendido exclusivamente para o presidente,  após um hino do quarteto Castelo Forte, amenizam os calafrios e anunciam o início da festa, a festa do presidente que, por várias vezes, chorou. E teve que chorar pois quem resistiria ver, por exemplo,  em um telão enorme, um falecido – ou mais de um – falando, desejando felicidades? Quem resiste a receber uma homenagem dessa? Anselmo e Messias ontem apareceram por lá, naquele lugar que tem aura de paraíso. O primeiro morto há 2 anos e o outro há pouco mais de 1. O pastor, certamente, não chorou de medo. Uma dessas falas, estima-se, tenha sido feita há 10 anos.

Após algumas breves considerações, a dupla abriu oficialmente os trabalhos e a liturgia seguiu o que foi traçado no papel, pelo menos até onde nos foi possível saber. Os corais, formados por crianças,  obreiros,  jovens e a orquestra “de acordeom”, como definiu a apresentadora, foram responsáveis por grandes momentos de alegria dos convidados.  Durante a cerimônia, Pr. Adão Araújo, concentrado nos detalhes, ao lado de Maria, sua esposa, mesclava sorrisos com um semblante como se dissesse que ali estava faltando algo. Como se ali faltasse algum detalhe para sua alegria completa. Mas seguiu grato com tudo que lhe proporcionaram, desde destacar os 80 dos seus anos de vida, como colocar seu rosto em um selo dos Correios para marcar a data tão esperada por Araujos, Silvas, etc. O esforço das equipes que promoveram a festa valeu a pena e mesmo que algumas das expectativas geradas ao longo dos preparativos não se confirmaram na dimensão difundida, a homenagem foi justíssima ao  aniversariante que, de fato, catalisa a atenção e o carinho dos que com ele convivem e daqueles que,  mesmo que com ele não tenham nenhuma relação,  mas sobre ele já ouviram falar. O Pr. Adão Araújo, em tantas oportunidades já deu demonstração de um líder inconteste que não se encanta diante de bajulações e sabe diferenciar entre o que é de coração e o que é de mente. Sua história guarda sobejas manifestações de resistência  diante de turbulências, capazes de fazer sucumbir noviços e afoitos. Os encantamentos de momentos não convertem a direção do olhar deste homem. Ele mira os andes!

Se seus sorrisos não eram do tamanho da festa, certamente seu coração o era, na dimensão de caber dentro dele a vontade de que todos ao seu redor estivessem gozando da mais perfeita saúde. O líder sabe absorver impactos vindos de momentos alegres em que uma filha e todo seu rebanho lhe preparam uma grande festa e, como pai, sabe, também, conviver com o impacto gerado pelo desconforto que possa marcar o presente de alguns dos seus rebentos. Se algum deles no momento não pode se movimentar com a desenvoltura de sempre, sobretudo em eventos que exigem muita criatividade como o de ontem, ver a recuperação desta performance, por certo, seria um presente que faria muito bem ao pai Adão Araújo. Se os sorrisos não são aos milhões, nem por isto sua trajetória se eiva da pusilanimidade. Os fortes vão sempre vencer e nem sempre existe paraísos para “adões”. É muito mais comum ver serpentes!

A festa terminou ontem, mas o respeito à história do aniversariante vai durar por mais de 80 anos. Respeito que possivelmente, tenha sido a causa do gesto benevolente da Maranata em ceder “de graça” aquele espaço para homenagem ao líder da Assembleia de Deus. “Eu, sinceramente, não acreditava que o pessoal de Vitória (Estado do Espírito Santo) fosse ceder isto aqui (Manaim) para o pessoal da Assembleia”, disse um dos maiores líderes da Maranata no Vale do Aço que, por não gostar de dar entrevista, terá seu nome preservado.

Quem  nasceu para ser Adão não perderá o trono para as “evas” daninhas.

Ao ver projeta num telão imagens de velhos amigos, o Pr. Adão chorou diante de várias delas.

Prefeito de Timóteo, Keisson Drumond

Os “oitentões”

Coral de obreiros

O prefeito de Timóteo, Keisson Drumond

O 2º vice-presidente do ministério, Pr. Daniel, no momento do lançamento do selo com a imagem do Pr. Adão Araújo

O prefeito, entre o casal Araújo, no momento em que presenteou o homenageado com uma placa.

Pr. Antônio Rosa falou em nome dos obreiros.

Dr. Aldery Nelson foi o preletor

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